A influência dos fatores de risco para doenças cardiovasculares sobre a modulação autonômica cardíaca

Abstract

Introdução: Alterações do sistema nervoso autônomo são fatores de risco independentes para eventos cardiocirculatórios, os quais podem ser estudados pela análise da variabilidade da frequência cardíaca (VFC). Objetivo: Investigar a influência dos fatores de risco para doenças cardiovasculares e dos fármacos vigentes sobre a modulação autonômica da frequência cardíaca de repouso. Métodos: Amostra composta por 23 adultos com pelo menos um fator de risco cardiovascular, com idade entre 50 e 70 anos. Foram realizadas anamneses e avaliações antropométricas. Na condição de repouso sentado, a frequência cardíaca (FC) e os intervalos R-R foram analisados nos domínios do tempo (FC e RMSSD), da frequência (LF, HF e LF/HF) e pelo plot de Poincaré (SD1, SD2 e SD1/SD2). Resultados: Houve correlação entre presença do sedentarismo e alterações dos índices LF(nu) e LF/HF (R= 0,479 e R= 0,439), bem como entre a quantidade de fatores de risco e a FC (R= 0,512). Conclusão: O sedentarismo está associado à hiperativação da modulação simpática, e um maior número de fatores de risco para doenças cardiovasculares está associado à elevação da FC de repouso, caracterizando maior estresse sobre o sistema cardiovascular. Já o uso do inibidor da enzima conversora de angiotensina II está relacionado às reduções da modulação simpática e ao balanço simpato-vagal, o que é um indicativo favorável para o controle da morbidade. Palavras-chave: Sistema Nervoso Autônomo; fatores de risco; doenças cardiovasculares. Introduction: Autonomic nervous system changes are independent risk factors for cardiocirculatory events, which can be studied by analysis of heart rate variability (HRV). Objective: To investigate the influence of risk factors for cardiovascular disease and medications on rest autonomic modulation of heart rate. Methods: A sample of 23 adults with at least one cardiovascular risk factor, aged 50 and 70 years. Case histories and anthropometric evaluations were conducted. In the sitting condition of rest, heart rate (HR) and RR intervals were analyzed in the time domain (HR and RMSSD), frequency (LF, HF and LF/ HF), and the Poincaré plot (SD1, SD2 and SD1/SD2). Results: There was a correlation between the presence of a sedentary lifestyle and changes in LF (nu) and LF/HF (R = 0.479 and R = 0.439), as well the number of risk factors and the FC (R = 0.512). Conclusion: A sedentary lifestyle is associated with hyperactivation of the sympathetic modulation, and a greater number of risk factors for cardiovascular disease is associated with elevated resting HR, characterizing increased stress on the cardiovascular system. But the Angiotensin II converting enzyme inhibitors is related to reductions in sympathetic modulation and sympathetic-vagal balance, which is a favorable indicator for morbidity's control.

Evaluation of Polymorphisms in IL8 and IL16 Genes in Patients with Acute Coronary Syndrome

“…14,35,37,38 For the Ministry of Health, this disease is responsible for at least 25% of the deaths due to ACS. 39 In the present study it was verified that the majority of patients with ACS are dyslipemic (64.0%), similar data were verified by Feijó et al, 40 Rodrigues et al, 41 and Andrade et al, 42 who studied Brazilian patients with CDs and found that 50.5%, 73.9% and 60.1%, respectively, were dyslipemic.…”

Variabilidade da Frequência Cardíaca como biomarcador do estresse: revisão integrativa

“…Este último é considerado o mal da atualidade e requer a implementação de medidas de intervenção, afinal, o estresse é considerado um fator de risco para doenças cardiovasculares, diabetes, insônia, obesidade e câncer (Cruvinel Júnior, Pfister, Ferreira, & Guimarães, 2019). Research, Society andDevelopment, v. 9, n. 12, e34991211125, 2020 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i12.11125 4 O estresse patológico é responsável por significativas alterações no funcionamento do Sistema Nervoso Autônomo (SNA), sendo a quantificação da Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC), por meio de uma análise não invasiva do tônus vagal e simpático, uma ferramenta que permite o monitoramento dessas alterações (Rodrigues, Oliveira, Cazelato, Chagas, & Quitério, 2016).…”

Níveis De Estresse E Variabilidade Da Frequência Cardíaca Em Professores Universitários

“…(FERREIRA et al, 2016). Rodrigues et al (2016) afirmam que o estresse é um dos principais causadores de alteração do funcionamento do sistema nervoso autônomo, sendo assim a variabilidade da frequência cardíaca constitui uma ferramenta que permite a quantificação destas alterações, através de uma análise não invasiva do tônus vagal e simpático. A variabilidade da frequência cardíaca, representa a variação entre os intervalos R-R de batimentos cardíacos, apontando assim o balanço autonômico entre o sistema simpático e parassimpático.…”