1999
DOI: 10.1590/s0102-44501999000300011
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A lingüística indígena no Brasil

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“…Um aspecto que ganha relevo a partir dos depoimentos de Seki e Rodrigues vem a ser o peso negativo que teve a atuação, viabilizada pelo acordo de cooperação de 1958 com o Museu Nacional, dos linguistas missionários do Summer Institute of Linguistics (SIL) para a Linguística de línguas indígenas no Brasil. Nas palavras de Seki (1999), O acordo com aquela instituição criou a falsa idéia de que nossas línguas já estavam sendo estudadas por linguistas competentes, o que desestimulou o ingresso na área de estudantes iniciantes ou mesmo de pesquisadores estrangeiros. Alie-se a isso o fato de que o modo de trabalho linguístico do SIL, com sua concepção de permanência prolongada em campo (sem dúvida imprescindível para o aprendizado prático da língua e para as tarefas de catequese e tradução da bíblia), com a produção de resultados em geral fragmentários, em desproporção ao tempo de permanência em área e às facilidades de infra-estrutura disponíveis à instituição (Leite 1981), passou a ser visto como o 'padrão' de trabalho com línguas indígenas, contribuindo para uma falsa representação de que o estudo de uma língua indígena constitui uma tarefa de natureza 'missionária', ao qual o pesquisador deve dedicar toda a sua vida, sendo pouco gratificante do ponto de vista acadêmico (Seki 1999: 266).…”
Section: Segundo Tellesunclassified
“…Um aspecto que ganha relevo a partir dos depoimentos de Seki e Rodrigues vem a ser o peso negativo que teve a atuação, viabilizada pelo acordo de cooperação de 1958 com o Museu Nacional, dos linguistas missionários do Summer Institute of Linguistics (SIL) para a Linguística de línguas indígenas no Brasil. Nas palavras de Seki (1999), O acordo com aquela instituição criou a falsa idéia de que nossas línguas já estavam sendo estudadas por linguistas competentes, o que desestimulou o ingresso na área de estudantes iniciantes ou mesmo de pesquisadores estrangeiros. Alie-se a isso o fato de que o modo de trabalho linguístico do SIL, com sua concepção de permanência prolongada em campo (sem dúvida imprescindível para o aprendizado prático da língua e para as tarefas de catequese e tradução da bíblia), com a produção de resultados em geral fragmentários, em desproporção ao tempo de permanência em área e às facilidades de infra-estrutura disponíveis à instituição (Leite 1981), passou a ser visto como o 'padrão' de trabalho com línguas indígenas, contribuindo para uma falsa representação de que o estudo de uma língua indígena constitui uma tarefa de natureza 'missionária', ao qual o pesquisador deve dedicar toda a sua vida, sendo pouco gratificante do ponto de vista acadêmico (Seki 1999: 266).…”
Section: Segundo Tellesunclassified
“…It is known that at the beginning of colonization there was, in Brazil, a very large linguistic variety, but that 'colonization', a phenomenon that created racialization in America and subordinated the original peoples, was responsible for several genocides, among them, the linguistic. According to Seki (1999), nowadays, there is an estimate that e-ISSN nº 2447-4266 Palmas, v. 7, n. 1, p. 1-16, jan.-mar., 2021Palmas, v. 7, n. 1, p. 1-16, jan.-mar., http://dx.doi.org/10.20873/uft.2447 2 about 180 indigenous languages are still spoken in Brazil, however, many more were spoken. The studies produce an estimate that, since the arrival of the Portuguese people, it is possible that at least 1,000 languages have been lost.…”
Section: Introductionmentioning
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“…Em todos os biomas brasileiros -Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pantanal, Campos Sulinos e Zona Costeiro-Marinha -, encontra-se expressiva sociodiversidade dos povos originários, com cerca de 900 mil brasileiros pertencentes a pelo menos 305 etnias indígenas (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -IBGE, 2011), em 700 Terras Indígenas (Instituto Socioambiental -ISA, 2015), abrangendo cerca de 180 línguas, situadas entre as mais ameaçadas do mundo (SEKI, 1999). Possui ainda milhares de comunidades remanescentes de quilombos e de outras comunidades tradicionais.…”
Section: Introductionunclassified