ResumoA globalização recolocou o debate sobre cosmopolitismo em novos termos. Não mais uma posição política, o cosmopolitismo seria uma condição da contemporaneidade. Autores notaram, contudo, que o cosmopolitismo opera como uma forma de a elite se diferenciar. O cosmopolitismo funcionaria, assim, como uma forma de capital cultural, no sentido dado por Pierre Bourdieu, algo que pesquisadores chamaram capital cultural cosmopolita. Argumento que essa categoria é insuficiente. Com base em dados de questionário aplicado em universidades no Brasil, aponto que distintiva é a condição rara da elite em dominar as referências nacionais legítimas em cada campo. Isso nos permite pensar de outra forma o impacto da globalização no capital cultural.