Objetivo: O objetivo deste trabalho foi analisar os Registos de Saúde Eletrónicos, pertencente a utentes com internamento, numa unidade de cuidados de um hospital público, em Portugal. Métodos: Foram utilizados dados relativos ao ano de 2014 e 2015, referentes a 668 doentes, com 14.001 dias de internamento, 4.123 diagnósticos e 614.634 intervenções, pelo que podemos considerar a análise empírica robusta. Resultados: Em ambos os anos, é notório que os dados são bem aproximados por funções exponenciais, o que fica espelhado pelos coeficientes de determinação extremamente elevados, obtidos para cada um dos casos. Este facto têm como implicação que a maior parte do trabalho efetivo dos enfermeiros desta unidade de cuidados advém de um pequeno número de tipos de intervenção, sendo possível argumentar, de forma análoga ao verificado para os diagnósticos, o que tem impactos importantes ao nível da gestão. Conclusões: A análise dos dados revelaram potencial para a criação de indicadores e análise da qualidade. Os Registos de Saúde Eletrónicos permitem a medição de resultados e também a identificação de melhores práticas clínicas associadas a esses resultados, devendo ser visto como uma ferramenta de gestão e de investigação, que pode apoiar processos de trabalho e de inovação na prestação de cuidados.