2020
DOI: 10.9789/2525-3050.2020.v5i9.161-172
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A morte da criança hospitalizada: estratégias defensivas e de enfrentamento da equipe de enfermagem

Abstract: Este artigo busca identificar estratégias defensivas e de enfrentamento utilizadas pela equipe de enfermagem frente ao processo de morte da criança hospitalizada. É um estudo descritivo-exploratório de abordagem qualitativa. A coleta de dados deu-se através de entrevista semiestruturada com profissionais da equipe de enfermagem de unidade de Internação Pediátrica de hospital universitário no Sul do Brasil. As estratégias defensivas utilizadas para reduzir o sofrimento foram: não se envolver, mudança de foco, t… Show more

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“…No que se refere à morte, configura-se como uma certeza e a mais evidente realidade para a existência humana (2) . Destaca-se a complexidade de compreensão e de aceitação da experiência com a morte e com o morrer, o que acaba por ocasionar desconfortos e anseios (3) . Esse fato se atrela ao medo do desconhecido e ao sentimento de apego em não perder o concebível e vivencial e, assim, tem-se, ante a inexorável finitude, temor e negação (4) .…”
Section: Introductionunclassified
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“…No que se refere à morte, configura-se como uma certeza e a mais evidente realidade para a existência humana (2) . Destaca-se a complexidade de compreensão e de aceitação da experiência com a morte e com o morrer, o que acaba por ocasionar desconfortos e anseios (3) . Esse fato se atrela ao medo do desconhecido e ao sentimento de apego em não perder o concebível e vivencial e, assim, tem-se, ante a inexorável finitude, temor e negação (4) .…”
Section: Introductionunclassified
“…Ao longo da história, as civilizações construíram suas próprias representações e modos de experienciar as questões inerentes à finitude (3) . E, nos dias atuais, tem-se a transição da morte dos lares para os ambientes hospitalares, em virtude do fenômeno nomeado como "medicalização da morte", resultante da construção dos grandes centros hospitalares providos de equipamentos altamente tecnológicos (1,3) .…”
Section: Introductionunclassified
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“…Logo, o lugar do outro ocupado pelos familiares dos pacientes internados na unidade de terapia intensiva torna esse confronto difícil, pois esse outro exige algo que os profissionais não conseguem contemplar.Estudode Fernandes et al (2017) revelou que, apesar dos profissionais de enfermagem relacionarem à profissão à arte do cuidar em seus discursos, seus cuidados na UTI concentravam-se em intervenções biológicas (sintomas clínicos, exames, tratamento médico), anulando o sujeito e reduzindo-o à sua condição clínica. Logo, o afastamento emocional e o foco em outras atividades no momento da visita, são vistos como estratégias de defesa dos profissionais para evitar o envolvimento com os sujeitos e o sofrimento(CAMPONOGARA et al, 2020).Com isso, cabe a reflexão: como pensar nessa subjetividade onde o sujeito sai de cena na possibilidade ao encontro do outro?4 CONSIDERAÇÕES FINAISO mal-estar gerado pelo trabalho em unidade de terapia intensiva não está relacionado, em sua maior parte, com o convívio com a morte e o sofrimento dos pacientes, mas sim com o encontro com a alteridade. Apesar de tal encontro ser a essência do trabalho na área da saúde, ele é a maior causa do desprazer gerado no trabalho, seja pelo relacionamento difícil, seja pelo reconhecimento que o outro não faz do trabalho prestado, ou pelas exigências desse outro.…”
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