A mulher em cursos de ciências, tecnologia, engenharia e matemática no ensino superior moçambicano

Abstract

<jats:p>Resumo Neste artigo tem-se como objectivo estimular a reflexão sobre as diferenças de género nos cursos de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM) no ensino superior moçambicano, tendo como base a avaliação da situação dos anos 2013 a 2017. O estudo procura identificar as principais causas e propor acções de intervenção para promover o acesso e maior participação de raparigas e mulheres. Dada a sua natureza qualitativa, os dados foram colectados através da análise documental e revisão de literatura relevantes, enfocando na situação geral do acesso ao ensino superior pela mulher, particularmente nos cursos de STEM, considerando tendências mundiais e locais e sem descurar os factores socioculturais, políticos e históricos que influenciam na escolha de cursos e/ou profissões pelas mulheres. Os resultados indicam que a participação integral da mulher nos cursos de STEM ainda é um desafio enorme em Moçambique, necessitando de adopção de estratégias para a promoção de igualdade de oportunidades para mulheres e homens no acesso ao conhecimento científico no geral e em estudos e exercício profissional na área de STEM.</jats:p>

Análise da participação das mulheres no projeto da IX Semana Acadêmica da Engenharia Mecânica (SAEMEC)

“…O grau de igualdade de gênero de uma sociedade influencia no número de mulheres presentes nas áreas de STEM. Além disso, legislações, políticas públicas de integração de gênero e a mídia podem perpetuar ou neutralizar os estereótipos de gênero sobre habilidades e carreiras nas áreas de STEM [Moraes,2016]; [Unesco Brasil,2018]; [Uamusse;Cossa;Kouleshova, 2020]. Analisando a Tabela 1 percebe-se que os quatro primeiros cursos com maior número de alunos matriculados são da área de ciências humanas, sendo que os mesmos também têm uma quantidade maior de mulheres comparando com o quantitativo de homens.…”

¿Equidad o brecha? Mujeres en revistas latinoamericanas de comunicaciones en acceso abierto en Scopus

“…Aunque se ha incrementado la presencia de la mujer en la ciencia, persiste una brecha en cuanto a la publicación científica y las posiciones dentro de los grupos de autores (González-Sala et al, 2021). Las mujeres aún se encuentran en desventaja en unas áreas de conocimiento más que en otras (Alexandre et al, 2020;Astegiano et al, 2019). Albornoz et al (2018) señalan que, si bien la población iberoamericana no presenta diferencias demográficas significativas en cuanto a hombres y mujeres, en los diferentes países la participación femenina en la producción científica presenta niveles muy variados.…”

“Tecnologia é no feminino!”

“…Na literatura, problemáticas envolvendo essa temática têm sido abordadas com base em diferentes abordagens, tanto a nível nacional (Carneiro et al, 2020;Cunha, Miranda & Rambo, 2020;Loch, Torres & Costa, 2021;Quirino et al, 2018;Tonini & Araújo, 2019) quanto a nível internacional (Avolio, Chávez & Vílchez-Román, 2020;Christie et al, 2017;Paredes-Walker, 2020;Uamusse, Cossa & Kouleshova, 2020). Estudos como o de Christie et al (2017) e Quirino et al (2018) destacam que em cursos de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (CTEM), enquanto os percentuais de participação de mulheres são baixos, as taxas de evasão são altas.…”