2018
DOI: 10.11606/2179-0892.ra.2018.152040
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A multifuncionalidade das vasilhas cerâmicas do alto rio Madeira (séculos X-XII d.C)

Abstract: A multifuncionalidade das vasilhas cerâmicas do alto rio Madeira (séculos X-XII d.C): comensalidade cotidiana e ritual resumo Neste artigo, a cerâmica arqueológica do sítio Ilha Dionísio, localizado no alto rio Madeira, atual estado de Rondônia, é analisada em termos funcionais e pensada à luz das relações entre humanos e não humanos. A partir das amostras coletadas em pisos habitacionais, refugos secundários e estruturas funerárias datados entre os séculos X e XII d.C., delineou-se a noção de "multifuncionali… Show more

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“…Não se sabe ainda se há ocupações da Tradição Pocó-Açutuba acima das áreas das cachoeiras a jusante do Madeira. Como as ocupações dos produtores dessa indústria cerâmica são quase sempre correlatas a áreas navegáveis de rios, é plausível que a tradição não tenha chegado muito além da ilha do Dionísio, lugar mais a montante do rio em que foi encontrada (Costa & Gomes, 2018). Como discutido por Watling et al (2020), as evidências da cachoeira do Teotônio sugerem que o milho foi introduzido na calha do alto rio Madeira pelos povos produtores da cerâmica Pocó-Açutuba.…”
Section: O Que Nos Dizem As Cerâmicas Do Alto Rio Madeira?unclassified
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“…Não se sabe ainda se há ocupações da Tradição Pocó-Açutuba acima das áreas das cachoeiras a jusante do Madeira. Como as ocupações dos produtores dessa indústria cerâmica são quase sempre correlatas a áreas navegáveis de rios, é plausível que a tradição não tenha chegado muito além da ilha do Dionísio, lugar mais a montante do rio em que foi encontrada (Costa & Gomes, 2018). Como discutido por Watling et al (2020), as evidências da cachoeira do Teotônio sugerem que o milho foi introduzido na calha do alto rio Madeira pelos povos produtores da cerâmica Pocó-Açutuba.…”
Section: O Que Nos Dizem As Cerâmicas Do Alto Rio Madeira?unclassified
“…449-454). Caberia, então, perguntar se não haveria alguma ligação entre esses falantes de línguas Pano e os contextos com urnas funerárias identificados, por exemplo na ilha do Dionísio (Costa & Gomes, 2018;Zuse et al, 2020) e no sítio Teotônio (Costa, 2016;Kater, 2020)?…”
unclassified
“…Tendo como referências fundamentais, no lado brasileiro, os trabalhos de Eurico Miller e de Ondemar Dias (no caso do Acre), desde a década de 1970, as pesquisas na região vêm se intensificando nas últimas décadas, mostrando um complexo (e em alguns setores, muito antigo) mosaico cultural de longa duração, que inclui transformações da paisagem como terras pretas, geoglifos, montículos e sambaquis (e.g. Almeida, 2013;Pessoa, 2015;Zimpel & Pugliese Jr., 2016;Zuse, 2016;Almeida & Kater, 2017;A. Costa & Gomes, 2018;Furquim, 2018;Pugliese Jr., 2018;Saunaluoma et al, 2018), além de evidências recuadas de produção de alimentos (Watling et al, 2018).…”
Section: As Cerâmicas Do Nordeste Brasileirounclassified
“…Outra região que vem sendo amplamente estudada nos últimos anos dentro do sudoeste amazônico é a compreendida pela bacia do alto rio Madeira, tanto no âmbito de pesquisas acadêmicas como de trabalhos de licenciamento ambiental, com implicâncias para a discussão sobre relações culturais de longa duração, rituais funerários envolvendo comensalidade, origem das terras pretas amazônicas, início da produção de alimentos, entre outros (e.g. Almeida, 2013;Pessoa, 2015;Zuse, 2016;Almeida & Kater, 2017;A. Costa & Gomes, 2018;Watling et al, 2018).…”
Section: As Cerâmicas Do Nordeste Brasileirounclassified
“…Nos últimos anos, um renovado interesse fez com que a Arqueologia na calha do alto rio Madeira despontasse para uma série de questões importantes, que implicam repensar a longa trajetória indígena e suas transformações na paisagem. Esses dados inéditos têm discutido questões como: a antiguidade da ocupação humana e um rápido processo de sedentarismo evidenciado pelas mais antigas terras pretas da Amazônia (Kipnis, 2011;Tizuka et al, 2013, Mongeló, 2015Neves, 2016); a compreensão da domesticação e do cultivo de importantes plantas a partir de evidências de fitólitos (Watling et al, 2018); padrões de assentamentos e o uso do espaço intrassítio (Pessoa, 2015;Almeida, 2016;Costa, 2016;Costa & Gomes, 2018); o refinamento cronológico e estilístico de tradições arqueológicas cerâmicas e a incorporação de modelos linguísticos Arawak e Tupi na construção de longos processos de expansão ou migração (Neves, 2012;Almeida, 2013;Almeida & Moraes, 2016;Zuse, 2014Zuse, , 2016Kater, 2018).…”
Section: Introductionunclassified