Conceitos e procedimentos relacionados ao tema de generalização cartográfica evoluíram nas últimas décadas. Originalmente, este processo era aplicado no contexto analógico para garantir a manutenção da visualização e comunicação cartográfica de forma adequada. No entanto, com o avanço da cartografia digital o paradigma é ampliado e, então, o processo é aplicado desde a concepção do produto cartográfico, ou seja, quando se deseja reduzir uma base de dados para um mínimo necessário, mas mantendo as propriedades espaciais relevantes do conjunto. Computacionalmente, as regras de generalização são expressas por meio de algoritmos computacionais que incluem aspectos de semântica e geometria, assim como exigem, além de formulações objetivas, análises subjetivas de difícil implementação e automatização. Além disso, a inserção de novas tecnologias de aquisição e processamento de dados geoespaciais produzem novas lacunas científicas a serem superadas. Nesse aspecto, este trabalho busca, a partir de uma pesquisa bibliográfica e bibliométrica, identificar como as novas tecnologias ampliam os desafios relacionados à generalização cartografia. Observa-se que, apesar dos operadores de generalização serem considerados satisfatórios, o número de publicações na temática é crescente e apresenta interesse internacional. Ademais, as novas tecnologias como algoritmos de Inteligência Artificial, aquisição de dados geoespaciais de forma incremental e construções de representações 3D inserem complexidades teóricas e práticas que devem ser superadas. Logo, os avanços da generalização cartográfica dependem da implementação de soluções relacionadas à materialização computacional dos operadores de generalização em processos objetivos que permitam a compreensão imediata da relação geométrica e estatística formada por um conjunto de dados geoespaciais.