2011
DOI: 10.1590/s0103-166x2011000300011
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A noção fenomenológica de existência e as práticas psicológicas clínicas

Abstract: Este artigo apresenta o modo de ser do homem como "existência", tal como elaborado por Heidegger em "Ser e Tempo", como uma das contribuições mais fundamentais da fenomenologia para a psicologia clínica. A noção de "existência", também relacionada às de "ser-aí "(Dasein) e "ser-no-mundo", é compreendida como abertura originária ao ser dos entes, como pré-compreensão do ser enquanto tal, vinculada à condição de "estar-lançada "em uma facticidade temporal. Entende-se que a noção heideggeriana de "existência "dem… Show more

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“…O tempo do processo analítico não é o tempo do relógio, mas o tempo de cada existir, uma vez que, se não há um modo de ser "pré-dado" que se visa, em direção ao qual se caminha e para onde se quer "chegar", é inviável pensar que exista um tempo certo ou cronologicamente definido para se alcançar o ser-mais-próprio de cada um. Sendo assim, para a perspectiva fenomenológico-existencial, o importante não é responder pelo paciente, mas acompanhá-lo, quebrando as habitualidades e desconstruindo o impessoal (Sá & Barreto, 2011).…”
Section: O Psicoterapeuta E a Relação Terapêuticaunclassified
“…O tempo do processo analítico não é o tempo do relógio, mas o tempo de cada existir, uma vez que, se não há um modo de ser "pré-dado" que se visa, em direção ao qual se caminha e para onde se quer "chegar", é inviável pensar que exista um tempo certo ou cronologicamente definido para se alcançar o ser-mais-próprio de cada um. Sendo assim, para a perspectiva fenomenológico-existencial, o importante não é responder pelo paciente, mas acompanhá-lo, quebrando as habitualidades e desconstruindo o impessoal (Sá & Barreto, 2011).…”
Section: O Psicoterapeuta E a Relação Terapêuticaunclassified
“…Heidegger (1986) propõe que o ser do homem, na sua imbricação com o mundo, se apresenta como abertura de sentido, ou seja, modo de existência em que, a um só tempo, os entes que vêm ao nosso encontro são sintonizados por nós a partir de uma afinação ou disposição afetiva. Dasein, traduzida da obra do autor também como ser-aí ou ser-no-mundo (Sá & Barreto, 2011), fala do existir como modo de ser próprio do homem, designando seu estado de abertura para outros homens que não ele e para o mundo, ser para fora (existere), sempre aberto. Pompéia (2004, p. 12) afirma conceber a terapia como "algo que se orienta, que se realiza no aproximar progressivo de uma certa afinação" e, ainda segundo o autor, quem procura a terapia sente, de alguma forma, na condição da abertura, que sua experiência deixou de ser algo familiar, tendo transitado do âmbito da intimidade para o da intimidação.…”
Section: )unclassified
“…Enquanto atenção refere-se à prontidão do olhar e da escuta que, situando o psicólogo, possibilita-o colocar o demandante por cuidado, este contemplaria o encaminhar uma comunicação rumo a sentido, orientando significados para questionamento, reflexão, encontrando-se na direção de bem estar. Relacionado à saúde, no sentido de propiciar meios para traçar um caminho pessoal e original pela existência (SÁ, 2007), cuidado não é compreendido como lugar ou um ponto de chegada estático e previamente definido. Seria possibilidade de trânsito, movimentação e deslocamento do ser por condições e situações delimitadas, orientando-se por significados, para encaminhar sentido, que não se revela por completo nem se esgota.…”
Section: Encaminhando Reflexõesunclassified