Objetivo: analisar a influência da cultura organizacional na adesão da equipe de Enfermagem ao modelo de gestão da qualidade e segurança do paciente em um hospital universitário. Método: estudo de caso único, de abordagem qualitativa, utilizando-se o referencial teórico de Fleury e Fischer, nas unidades de clínica médica. Participaram 11 enfermeiros e 11 técnicos de Enfermagem. Os dados foram coletados por meio de observação, consulta documental e entrevistas, sendo submetidos à análise de conteúdo temática. Resultados: foram identificados os elementos simbólicos da cultura organizacional: o poder do professor e poder do médico, força da cultura da universidade, estabilidade dos profissionais estatutários, mito do sétimo andar da clínica médica, processo de trabalho do serviço público, sobrecarga de trabalho e quantitativo de pessoal insuficiente. Esses elementos orientam ações e determinam os comportamentos perante as rotinas, normas e propostas institucionais. Conclusão: a Enfermagem vivencia conflitos, dificuldades de liderança e ineficiência dos mecanismos regulatórios, criando um ambiente no qual autoridades, atribuições e responsabilidades não são reconhecidas. Mantém em suas práticas os elementos simbólicos da cultura e mecanismos de resistências em uma estrutura na qual o poder do professor e do médico determina decisões das unidades.