2002
DOI: 10.1590/s0104-71832002000200005
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A prática do xamanismo entre os Kaingang do Brasil meridional: uma breve comparação com o xamanismo Bororo

Abstract: Os Kaingang, uma sociedade ameríndia da família lingüística Jê, habitantes do sul do Brasil, possuem xamãs, nomeados de kuiã, que provêem de somente uma metade (a metade Kamé) e que dispõem de um animal-auxiliar associado a sua metade de origem. No plano sociológico, tudo se passa como se o xamanismo kaingang envolvesse uma metade, que se ocupa, sem partilha ou complementaridade com a outra metade, de sua prática. Este fato contrasta com os outros aspectos da vida ritual kaingang que se caracteriza pela obriga… Show more

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“…Destacan el kujá -hombre sabio-, los curanderos, las remedieras 9 y los benzedeiros. 10 Según Crépeau (2002), los kujá distinguen entre dos tipos de saberes: guiados y no guiados. Los saberes guiados corresponden a las prácticas asistidas por auxiliares no humanos, como monos, serpientes, aves y jaguares, entre otros.…”
Section: Notas Etnográficas Sobre Los Kaingangunclassified
“…Destacan el kujá -hombre sabio-, los curanderos, las remedieras 9 y los benzedeiros. 10 Según Crépeau (2002), los kujá distinguen entre dos tipos de saberes: guiados y no guiados. Los saberes guiados corresponden a las prácticas asistidas por auxiliares no humanos, como monos, serpientes, aves y jaguares, entre otros.…”
Section: Notas Etnográficas Sobre Los Kaingangunclassified
“…xamãs podem absorver 5 os elementos do cristianismo dentro do seu sistema (CRÉPEAU, 2002;ROSA, 2005;TASSINARI, 2002;TOLA, 2001;VILAÇA, 1996VILAÇA, , 2007 ou bem criar uma réplica indígena que concorra com ele (WRIGHT, 2005), ou mesmo transformarem-se em agentes e até missionários da nova religião (QUEIROZ, 1999;HOWARD, 2001) na qual farão persistir alguns elementos cruciais do velho xamanismo. A abordagem de Capiberibe (2017) opta por eludir o peso do binômio tradição/conversão, ressaltando a "língua franca" que permite a coexistência de dois sistemas diferentes.…”
Section: Um Conceito Em Abertounclassified
“…A aliança matrimonial do xamã nesses outros mundos é um dado clássico do xamanismo que se repete nas TBAS, cf Crépeau (2002). eLima (2002).…”
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“…Naquela região, Agostini deixou uma cruz numa gruta onde ele passou dois anos, durante a década de 1840, antes de viajar ao Brasil. Essa cruz, conhecida como a Santíssima Cruz de Motupe, é objeto de veneração e a sua procissão em agosto, é considerada como o mais importante evento católico no Peru (Crépeau;Désilets 2010). Estamos em frente de um caso histórico que permite uma comparação única da configuração da tradição oral em varias regiões das Américas onde a presença de Agostini foi marcante.…”
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“…Apesar do fato de que a tradição oral no Brasil, Novo México e Peru tenham se formado de maneira independente, ela tem um conteúdo parecido com narrativas similares atribuídas a Agostini. Por exemplo, é recorrente descrições afirmarem a recusa do monge em dormir e a comer nas casas dos seus anfitriões, a grande ênfase nas fontes de água, a multiplicação da comida (aparentemente limitada) feita por Agostini quando compartilhava as refeições com outros (Crépeau;Désilets, 2010). Porém é intrigante constatar que o aleijão na mão esquerda de Agostini, que segundo Alexandre "[...] pode ter sido mais um atributo a mais a ter se somado na crença popular que fez dele um 'homem santo'" (Karsburg, 2014, p. 29), não parece presente de forma nenhuma na tradição oral, como também na documentação escrita nos três países, exceção seja feita ao registro de Sorocaba (Fachel, 1995).…”
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