A prevalência da incontinência urinária em mulheres praticantes de exercícios físicos de alto impacto

Abstract

INTRODUÇÃO: A IU atinge cerca de 10 milhões de brasileiros de todas as idades, sendo duas vezes mais comum no sexo feminino, de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Considerada qualquer perda involuntária de urina de acordo com a ICS, podendo ser classificadas em IUU, IUE e IUM. O tratamento para a IU pode ser cirúrgico, farmacológico ou fisioterapêutico. OBJETIVO: Identificar a prevalência de incontinência urinária em mulheres praticantes de exercício físico de alto impacto, em comparação com mulheres que não praticam atividade física. MATERIAIS E MÉTODOS: O estudo foi do tipo transversal, onde se realizou um estudo de caso, sobre a perda involuntária de urina por mulheres, durante o exercício físico de impacto. As participantes foram divididas dois grupos: Grupo 1, mulheres praticantes de exercícios físicos de alto impacto e Grupo 2, mulheres não praticantes de exercícios físicos. As voluntárias realizaram o Pad Test de uma hora, padronizado pela ICS. Além disso, todas responderam o questionário Internacional Consultation on Incontinence Questionnaire – Short Form (ICIQ-SF). RESULTADOS: Houve a presença de sintomas de IUE em ambos os grupos investigados. Entretanto, foi possível comprovar que no grupo onde as mulheres praticavam exercícios de alto impacto a perda de urina foi bem maior em quantidade e em qualidade, observando-se resultados superiores a 60% nas praticantes de exercícios de alto impacto. CONCLUSÃO: As mulheres praticantes de exercícios de alto impacto apresentaram maior perda urinária comprovada pelo Pad Test e uma maior interferência desses sintomas urinários na qualidade de vida comprovada pelo ICIQ-SF.

Prevalencia de IU em praticantes de Crossfit em São Mateus do Sul PR

“…(2020) 19 esclarece que a diminuição da absorção de colágeno, a perda de força e de massa muscular, a redução da capacidade de armazenamento da bexiga e a redução dos níveis de estrogênio no período pós menopausa, são alguns dos fatores que predispõem ao surgimento de IU na pessoa idosa.…”

“…Para Mesquita et al (2020)19 os exercícios de alto impacto somados a disfunções do assoalho pélvico aumentam as chances de desenvolver IUE, aspecto que foi observado nesse estudo, onde a incidência de IUE é maior em mulheres com fatores de risco prévios, como obesidade, idade avançada e multiparidade. O autor salienta ainda que a prática de atividade física não deve ser interrompida em razão da incontinência, pois o exercício quando bem orientado, traz resultados positivos nesse sentido, diminuindo a IU.Os estudos referentes a interferência da atividade física de alto impacto na MAP são escassos e divergentes, alguns autores acreditam que a dissinergia entre a musculatura abdominal e pélvica durante o exercício, podem predispor a fraqueza muscular do assoalho pélvico, para outros autores o aumento da pressão intra-abdominal gerado durante o treino gerariam ganho de força.…”

Prevalencia de incontinencia de esforco em mulheres praticantes de Crossfit

“…O questionário ICIQ-SF é utilizado para quantificar o impacto da IU na qualidade de vida, classificada em três graus de gravidade, de acordo com a pontuação: ligeira (1 a 7 pontos), moderada (8 a 14 pontos) e grave (15 a 21 pontos). Partindo dessa informação, Mesquita et al 26 reiteram que quanto maior a pontuação, maior será o impacto na qualidade de vida, afetando assim todos os domínios e levando a prejuízos no meio social, econômico, vida sexual e pessoal.…”

Incontinência Urinária Em Mulheres: Definição, Etiologia E Fatores De Risco

“…Há ainda um debate acerca deste tipo de incontinência que envolve a sua prevalência relacionada a mulheres praticantes de exercícios físicos, especialmente os de alto impacto (MESQUITA VC, et al, 2020;PATRIZZI LJ, et al, 2014;SILVA CBS, et al, 2021;SOUZA GAN, et al, 2021;SOUZA JMS e SIQUEIRA NM, 2017). Prigol S, et al (2014), retrata essa realidade por meio de um estudo com 172 mulheres praticantes de atividade física entre 20 e 40 anos de idade, onde 8,1% eram incontinentes, sendo o jump a atividade que mais gerava a perda urinária.…”