Mesmo com a existência das recomendações, observa-se que no Brasil tem sido frequente o emprego inapropriado da episiotomia, e, portanto das implicações negativas para a mulher como o desconforto físico, riscos de infecção pós-parto, aumento de perdas sanguínea, disfunção sexual e outras. O estudo objetiva saber se a humanização do parto influencia na prática de episiotomia sem indicação. Trata-se de um estudo de revisão integrativa da literatura realizado em seis etapas interligadas: elaboração da pergunta norteadora, busca na literatura, coleta de dados, análise crítica dos estudos incluídos, discussão dos resultados e apresentação da revisão integrativa. Utilizou-se a estratégia PICo, em que P refere-se à população (Gestantes em trabalho de parto); I refere-se ao interesse do estudo (Uso da Episiotomia); C refere-se ao contexto em que o estudo se pauta (Humanização do parto vaginal) e O aplica-se aos resultados (Parto normal sem Episiotomia). Observa-se que a episiotomia é uma prática inapropriada e prejudicial à saúde da mulher quando não recomendada. É um dos procedimentos cirúrgicos mais utilizados na obstetrícia atual, chegando ao alarmante percentual entre 12,2% a 75%, contrariando a Organização Mundial da Saúde – OMS que preconiza apenas 10% excepcionalmente. Concluímos que as contribuições da pesquisa visam aprofundar a discussão de que a prática da episiotomia em partos vaginais está absolutamente em desacordo com a OMS, afirmando que devemos adotar medidas de cuidado comprovadas cientificamente. A prática da episiotomia de forma indiscriminada sem indicação clínica configura-se negligencia e desrespeito a mulher, colocando o binômio mãe-filho em situação de risco.