“…O desenrolar do parto é afetado pela vivência subjetiva da parturiente, podendo interferir no processo positiva ou negativamente, neste caso decorrer em intercorrências obstétricas.Entendemos que o principal papel do psicólogo neste cenário é atuar como o guardião da subjetividade da mulher neste momento, num contexto em que a assistência ainda é predominantemente voltada para os aspectos biológicos e fisiológicos.Diante desse cenário, nasceu o interesse em construir e apresentar uma proposta de atuação do psicólogo hospitalar/perinatal na cena do parto. Tendo em vista as situações potenciais de risco psíquico no momento do parto, propomos uma sistematização da atuação do psicólogo na cena do parto para cada situação indicada, considerando a fala das participantes para ilustrá-las.PROPOSTA DE ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NA CENA DO PARTOA própria literatura aponta para os benefícios da presença do psicólogo em determinadas situações específicas, tal como: partos de bebês com malformações, intercorrências obstétricas, gestações decorrentes de estupro perda perinatal -abortamentos, natimorto, óbitos perinatais precoces ou tardios, desejo de entrega do bebê para adoção -(MUZA et al, 2013;MOURÃO, ZERBINI e ARRAIS, 2022; GUIDGLI, 2015;GOES, 2021). Diante dessas demandas e possibilidades, apresentaremos a seguir uma proposta de atuação do psicólogo hospitalar/perinatal em situações específicas: Em situações de perda perinatal: atendimento imediato à parturiente e seus familiares irá influenciar na forma como irão vivenciar a parentalidade.…”