ResumoO pré-natal psicológico (PNP) é um novo conceito em atendimento perinatal voltado para maior humanização do processo gestacional e do parto e da parentalidade. Pioneiro em Brasília, o programa visa à integração da gestante e da família a todo o processo gravídico-puerperal, por meio de encontros temáticos em grupo, com ênfase psicoterápica na preparação psicológica para a maternidade e paternidade e prevenção da depressão pós-parto (DPP). O objetivo da pesquisa foi avaliar a contribuição do PNP para prevenir a DPP. Optou-se pela metodologia da pesquisa-ação. Os instrumentos utilizados foram: perfil gestacional, perfil puerperal, sessões e materiais produzidos no PNP, Inventário Beck de Depressão, Escala de depressão pós-natal de Edimburgo questionário avaliativo e completamento de frases. Os resultados foram comparados entre cinco colaboradoras participantes do PNP (grupo intervenção) e cinco não participantes (grupo controle) e encontrou-se que entre o grupo intervenção a ocorrência dos fatores de risco superou a dos fatores de proteção e mais metade desse grupo evidenciou depressão gestacional, mas não desenvolveram a DPP. Já no grupo controle, duas colaboradoras apresentaram a DPP. Esses achados sugerem que o PNP associado a fatores de proteção presentes na história das grávidas pode ajudar a prevenir a DPP. Defende--se que a assistência psicológica na gestação, por meio da utilização do PNP, é importante instrumento psicoprofilático que deve ser implementado como uma política pública emunidades básicas de saúde, maternidades e serviços de pré-natal.
Atualmente, já é possível encontrar muitos escritos a respeito da atuação de psicólogos em hospitais, principalmente
em relação a seu papel, que geralmente está associado a ajudar pacientes e acompanhantes a lidarem com suas
doenças e hospitalização. Porém, encontra-se pouco na literatura a respeito da atuação do psicólogo hospitalar
aplicada à obstetrícia. Há muitos livros e artigos que tratam a respeito da relação mãe/bebê, dos sentimentos
e emoções de casais que passam pela gestação, parto e pós-parto. Porém, não há uma sistematização de como
podemos usar este conhecimento na prática dos psicólogos nas maternidades e UTIs Neonatais. Pretendemos
com este trabalho compartilhar com os psicólogos hospitalares nossa experiência em uma maternidade e na UTI
Neonatal de um hospital privado, sugerindo uma proposta que construímos para estruturar e facilitar a atuação de
psicólogos nesta área. O mesmo é resultado de um estágio acadêmico de pós- graduação na Universidade Católica
de Brasília-UCB, realizado em uma maternidade particular de Brasília.
Palavras-chave: Psicólogo hospitalar; Maternidade; UTI Neonatal.
A participação do profissional da psicologia no processo de parturição é algo muito novo e raro, havendo uma escassez na literatura a respeito do tema. O parto de gestação decorrente de estupro pode desencadear uma vasta sintomatologia psíquicas, podendo trazer revivescências do trauma, tornando necessário o suporte psicológico na cena do parto. Este artigo apresenta um relato de experiência sobre a assistência psicológica ao parto de uma mulher no contexto de gravidez decorrente de estupro. Trata-se de recorte de um de estudo qualitativo, baseado na Teoria da Subjetividade de González-Rey, que se desdobrou em estudo de caso retrospectivo e longitudinal a partir de dados secundários de prontuário do acompanhamento pré e pós-natal psicológico da gestante vítima de violência sexual. O foco desse artigo será o acompanhamento psicológico realizado durante o seu parto. Defendemos que partos de vítimas de violência sexual seja uma das situações em que a presença do psicólogo é imprescindível. A presença deste profissional na cena do parto tem uma função tanto promotora de saúde mental quanto preventiva de crises psíquicas, o psicólogo irá resguardar a subjetividade da mulher e intervir em situações críticas.
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