2018
DOI: 10.30715/rbpe.v20.n1.2018.11309
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A psicopatologização da vida contemporânea: quem faz os diagnósticos?

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“…Esse fenômeno está relacionado à emergência de estados depressivos, ansiosos e distúrbios da atenção. Os modelos diagnósticos oficiais -como o DSM e o CID, produzidos pela Associação Psiquiátrica Americana Vale ressaltar que a nossa época tende a transformar as experiências de sofrimento em insígnia de uma patologia a ser tratada e faz proliferar figuras diagnósticas que se dissolvem no encontro com a realidade (Bocchi, 2018). Há uma epidemia de transtornos, co-existindo em paralelo com crescimento do mercado dos fármacos e dos instrumentos diagnósticos que os identificam e classificam.…”
Section: Corpo Tempo E Sofrimentounclassified
“…Esse fenômeno está relacionado à emergência de estados depressivos, ansiosos e distúrbios da atenção. Os modelos diagnósticos oficiais -como o DSM e o CID, produzidos pela Associação Psiquiátrica Americana Vale ressaltar que a nossa época tende a transformar as experiências de sofrimento em insígnia de uma patologia a ser tratada e faz proliferar figuras diagnósticas que se dissolvem no encontro com a realidade (Bocchi, 2018). Há uma epidemia de transtornos, co-existindo em paralelo com crescimento do mercado dos fármacos e dos instrumentos diagnósticos que os identificam e classificam.…”
Section: Corpo Tempo E Sofrimentounclassified
“…É sofrimentos psíquicos podem ser tratados como uma doença física. O que significa simplesmente negar que os sofrimentos devam inscrever-se numa história de vida, que esses sofrimentos se transformarão ao longo de nossas vidas e que nesta transformação tem papel fundamental o modo como somos ouvidos e as intervenções e terapêuticas que nos são propostas(CAPONI, 2014, p. 748).Dessa forma,Bocchi (2018) evidencia como a nova versão do DSM tem efeitos nefastos na cultura contemporânea, visto que se apresenta como uma imposição para patologizar e medicalizar a comunidade por meio de uma reformulação classificatória que amplia o discurso da ciência sobre os sofrimentos psíquicos, dando-lhe força maior para tornar patológica dimensões subjetivas do ser humano que, até pouco tempo, não eram tratadas como enfermidades. Dito de outro modo, tenta-se classificar o inclassificável, a saber, o sofrimento humano, sob as vezes de termos médico-científicos semelhante à Simão Bacamarte, na obra O alienista de Machado de Assis, ao classificar como loucos toda a população de Itajaí (TEODORO; SILVA; COUTO, 2019).que, na nova versão, prolifera-se, dando origem a várias novas categorias diagnósticas que tornam mais frágeis a percepção de que determinados sintomas fazem parte de alguns tipos de sofrimento psíquico que são próprios da condição humana, como veremos a seguir.…”
unclassified