O uso do termo fascismo discorre sobre uma série de governos autoritários e totalitários com um forte apego populista. Primeiramente cunhado para definir o movimento liderado por Mussolini na Itália, também é comumente usado para descrever a ideologia nazista e outros governos autoritários, principalmente, concentrados no cerne da extrema direita – sobretudo com cunho militarista. Nesse sentido, dentro do contexto atual de expansão de governos de extrema direita em todo o mundo, o termo vem ganhando novos contornos. No caso brasileiro, embora muitos utilizem o termo autoritário, para descrever o novo presidente brasileiro Jair Bolsonaro, buscamos neste artigo demonstrar através de suas falas na campanha eleitoral e no primeiro mês de presidência, que este emprega sim, um discurso com cunho fascista. Para tanto, realizamos uma releitura dos principais teóricos sobre o fascismo enumerando suas características encontradas no discurso bolsonarista, tais como; construção de um inimigo comum, exaltação de um passado mítico, desvalorização das minorias e desrespeito às liberdades democráticas em prol de uma guerra à corrupção.