A relação mãe-criança durante o atendimento odontológico: contribuições da análise do comportamento

Abstract

O presente artigo visou analisar a interação entre mães e crianças durante o atendimento odontológico. Participaram cinco pacientes (idade entre 2 e 7 anos) com seus acompanhantes. Os atendimentos foram filmados e observadores registraram os comportamentos infantis e maternos. Dentre os dados quantitativos, houve maior índice de não colaboração associado ao menor índice de interação materna. A análise qualitativa dos dados, feita pela análise funcional, indicou que as mães podem exercer função de estímulos antecedentes e consequentes para o comportamento infantil no atendimento odontológico e podem exercer função de variável histórica pela modelagem de comportamentos de autocontrole e de seguir regras. Analisando as contingências, é possível prever e controlar o comportamento. Pais podem ser instruídos e treinados para agirem de forma mais adequada durante o atendimento odontológico, em benefício da saúde de seu filho.

Acesso aos serviços de saúde bucal de crianças e adolescentes com deficiência em um município de grande porte do Nordeste do Brasil

“…A adesão ao tratamento e a colaboração infantil no contexto odontológico, assim como os comportamentos não colaborativos e os níveis de ansiedade, que atrasam ou impedem a execução dos procedimentos, apresentam correlação significativa com a organização do ambiente familiar, principalmente quanto à responsividade ou permissividade das mães (Brandenburg;Marinho-Casanova, 2013). No presente estudo constatou-se, assim como em outros estudos (Gardner;Bundy;Dew, 2016;Isa et al, 2016;Lemos;Katz, 2016;Fragôso et al, 2021), que a quase totalidade dos cuidadores das crianças e adolescentes eram suas mães, o que reafirma seu papel essencial na busca do serviço odontológico.…”

Comportamento da criança perante a presença das mães durante a assistência odontológica

“…Segundo as pesquisas de Brandenburg et al 19 , ao tratar da promoção da saúde infantil, da prevenção de doenças ou da adesão ao tratamento, é necessário que o profissional compreenda o papel dos pais e busque reeducar o comportamento dos mesmos para que possa atingir objetivos que tragam benefícios para a criança. Os autores afirmam também que a forma como a criança reage no dentista pode depender, entre outros fatores, de sua relação como os pais, que ensinam diferentes repertórios necessários para enfrentar ou não um atendimento odontológico.…”

“…Os resultados mostram que existem implicações práticas e claras indicadas pela pesquisa existente nesta área: uma melhor compreensão do medo dental, ansiedade e fobia pode evitar a evasão tratamento Brandenburg et al 3 2009 Apresentar uma descrição dos processos de interação que podem ocorrer no ambiente Odontopediátrico Existem alternativas para que tanto a criança quanto o odontopediatra sejam beneficiados, sem que se tenha que apelar para a contenção física Brandenburg et al 19 2013…”

Atendimento odontológico em bebês: revisão de literatura

“…al., 2017). Research, Society and Development, v. 9, n. 11, e88591110750, 2020 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i11.10750 4 Na promoção da saúde infantil, sabe-se que os pais têm preferência em estarem presentes no momento da consulta com seus filhos, é necessário salientar as orientações para que os próprios responsáveis atuem facilitando a colaboração dos filhos (Brandenburg, & Marinho-Casanova, 2013).…”