A representação discursiva do trabalho do jornalista no texto institucional de uma empresa de informação: a questão profissional

Abstract

Resumo: O objetivo deste artigo é discutir o estatuto do jornalista a partir de sua representação discursiva em uma carta de abertura de um manual de redação de um jornal do Rio de Janeiro. Do ponto de vista interacionista sociodiscursivo, o texto empresarial é concebido como um enunciado em que ações de linguagem constroem o estatuto do jornalista e traduzem parte dos conflitos que a classe enfrenta na organização profissional. A análise textual da carta indica uma tendência da empresa de informação em construir o jornalismo como emprego, e não como uma profissão, o que tem implicações éticas relevantes para o exercício do jornalismo. Palavras-chave: trabalho do jornalista, representação discursiva, enunciação. Abstract:The aim of this article is to discuss the statute of journalists from their discursive representation in an opening letter of a writing manual of a newspaper in Rio de Janeiro. From an interactionist sociodiscursive point of view, the empresarial text is conceived as an utterance in which actions of language build the statute of journalists and translate part of the conflicts that this class faces in order to construct their profession. The textual analysis of the letter indicates a tendency of the enterprise of information to build journalism as a job, rather than a profession, which brings relevant ethical implications to the performance of the journalism.

Expressividade em Jornalismo: interfaces entre Comunicação, Fonoaudiologia e Educação

“…The expressiveness could represent another informative way (or escape line?) to contribute to singularise, subjectivise and professionalise the Journalism process, since we consider that the profession has a constitutive function in the subjectivity of the individual and that the language actions construct the status of journalists and translate the conflicts that the category faces in the professional organisation and that involve questions of ethics and professional autonomy, weighing issues such as the truth and the courage of the truth -especially in the most challenging journalistic practices (CHARAUDEAU, 2013;MAGALHÃES, 2008).…”