A pandemia da doença coronavírus 2019 é causada pela síndrome respiratória aguda grave coronavírus 2. Os sintomas clínicos mais comuns são febre, dor de cabeça, dor de garganta, dispneia, tosse seca, dor abdominal, vômito e diarreia. A relação COVID-19 e infecção de pacientes pediátricos tem algumas peculiaridades. Nos bebês, abaixo de um ano, com COVID-19 é mais frequente eles apresentarem dificuldades na alimentação e febre, já nas crianças com até nove anos, a tosse seca e a febre são mais recorrentes. Pessoas na faixa etária entre 10 e 19 anos, somam-se dores musculares, falta de ar, diarreia, falta de olfato e paladar, além de coriza. Porém, na maioria das crianças, a COVID-19 pode estar assintomática, e assim há menos conhecimento das possíveis manifestações na infância. O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão narrativa de literatura sobre as manifestações orais e cutâneas em crianças afetadas pelo COVID-19 a fim de identificar lesões específicas que possam facilitar o diagnóstico e o tratamento. Metodologia: A estratégia de busca bibliográfica foi realizada nas bases de dados PubMed dos trabalhos publicados de janeiro de 2020 até 02 de agosto de 2021 utilizando os termos de pesquisa relacionados à manifestações orais e dermatológicas apresentada em crianças com COVID-19. Resultados: Foram encontrados 135 resultados, dos quais, após os critérios de inclusão, 35 foram selecionados para estudo inicial e após a eliminação dos critérios de exclusão, ficaram 26 artigos para estudo deste trabalho. Após a leitura dos textos, as manifestações bucais e dermatológicas observadas em crianças com COVID-19 foram: eritema, lesões semelhantes a frieira, língua com aparência de morango, erupções vesiculares e maculopapulares, irritação na pele, urticária, conjuntivite e síndrome multissistêmica inflamatória. Conclusão: Os sinais e sintomas em crianças com a COVID-19, apresentam algumas peculiaridades quanto comparado ao adulto. Este estudo possui algumas limitações, principalmente por abordar um assunto recente e com população restrita à pediatria. Porém, é importante para que o profissional tenha esse conhecimento e explore clinicamente e exaustivamente toda manifestação que a criança possa apresentar durante a pandemia.