O presente artigo pretende analisar a história da educação chilena no período de 1970-1973, mais especificamente a proposta de Revolução de Allende (1970-1973) e seus impactos nas reformas educacionais ocorridas no Chile após o golpe militar, assim como sua relação com a Revolta dos Pinguins. As mudanças estruturais - como a reforma agrária e a nacionalização dos bancos, minas e indústrias - definiram as transformações sociais no Chile, juntamente com a luta entre a Revolução e a contrarrevolução, na curta era do presidente Allende (1970-1973). Com o golpe militar, as políticas educacionais foram marcadas por reformas neoliberais e a partir de 1990, com a restauração democrática no país, manifestações ocorreram, dentre elas, a “Revolta dos Pinguins”, uma mobilização estudantil ocorrida em 2006. A questão norteadora é investigar quais foram as bases que fundamentaram esses movimentos estudantis e qual a sua contribuição para que o Chile se tornasse um país de referência na reforma do Ensino Médio, na América Latina. O que se busca, portanto, é compreender de forma histórica, o movimento dialético e articulado entre a proposta de Allende e a Revolta dos Pinguins e suas contribuições para o processo educacional chileno.