INTRODUÇÃODesde a antiguidade, plantas têm sido utilizadas como medicamentos, na prevenção, no tratamento e na cura de distúrbios, disfunções ou doenças em homens e animais (Capasso, 1986;Garcia et al., 2003;Korolkovas, 1996;Rates, 2001). Os povos primitivos iniciaram a identificação de vegetais que melhor se adequavam ao uso medicinal, da época de colheita, das técnicas de extração e de modos de conservação (Garcia et al., 2003;Korolkovas, 1996).As descobertas de substâncias ativas em plantas medicinais impulsionaram uma revolução científica e tecnológica e os medicamentos vegetais foram sendo substituídos por fármacos sintéticos (Capasso, 1986;Korolkovas, 1996;Rates, 2001). Nas últimas décadas, porém, tem-se verificado tendência mundial de aumento na demanda por plantas e preparações de origem vegetal como recurso terapêutico, influenciado por fatores econômicos, sociais e culturais (Abu-Irmaileh e Afifi, 2003; Bent e Ko, 2004;Calixto, 2000;Capasso, 1986;Chan, 2003;De Smet, 2004;Elvin-Lewis, 2001;Giveon et al, 2004;Mahady, 2001).A maior industrialização e comercialização de medicamentos naturais tornaram seu uso um problema de Saú-de Pública. O aumento da demanda, associado à falta de fiscalização efetiva que garanta desde a exploração racional dos recursos naturais empregados como matéria-prima, até a dispensação do produto acabado, contribuem para a disponibilidade e acesso a produtos muitas vezes sem condições adequadas ao uso, sem garantia da qualidade, segurança e eficiência, fundamentais para a recuperação ou preservação da saúde do consumidor