Introdução: O bem-estar da mulher em uma visão integral do cuidado à saúde feminina, exemplificado pelo cuidado obstétrico e atenção pré-natal, se respalda no acesso aos serviços de saúdes e à informação de qualidade, o que aumenta o empoderamento feminino, reduz complicações e os índices de mortalidade materno-fetais. Impulsionados pelo período de pandemia COVID-19, diversos sistemas informatizados têm se tornado aliados no cuidado à saúde da mulher e ao desenvolvimento da gestação, sendo a telemedicina e os aplicativos em saúde pilares importantes da e-Saúde que facilitam a interface médico-gestante.
Objetivo: Levantar evidências científicas na literatura sobre os impactos da implementação de sistemas de saúde digital na promoção de saúde e atenção à gestante durante o cuidado pré-natal e a validação da informação gerada pela gestante.
Método: Foram utilizadas as bases de dados PubMed, Scielo, Google Scholar e BVS no período de 2016 a 2021, com descritores em português e inglês, incluindo artigos de revisão, meta-análises, coortes prospectivas e retrospectivas, assim como os relatos de caso.
Resultado e Discussão: Foram selecionados 13 artigos e analisados sob a perspectiva de três grandes áreas envolvidas na aplicação da saúde digital ao cuidado obstétrico, dentre as quais a validação da informação da gestante constitui uma ferramenta de fomento às políticas públicas e pesquisas epidemiológicas, sendo a qualidade dessa informação e a participação ativa da gestante pilares importantes para a promoção de saúde materna-infantil; ademais, aplicativos educativos em saúde tem sido uma das formas informatizadas pela qual a telemedicina se populariza dentre os pacientes, inclusive como meio intervencionista nas relações médico-paciente. Assim, ferramentas de saúde obstétrica como o pré-natal se tornaram mais acessíveis e diversificadas, mesmo em um período de pandemia, por meio da e-Saúde. Por fim,o plano de parto mostra-se uma ferramenta eficaz no pré-natal, facilitando a comunicação da gestante com a equipe médica, familiares e amigos acerca das suas preferências quanto ao processo de parto, estimulando a mulher a ser protagonista de seu parto, humanizando-o.
Conclusão: A análise das publicações avaliadas apontam que as tecnologias de informação na área de saúde obstétrica permitem um cuidado integral e próximo por meios eletrônicos como aplicativos digitais, melhorando a atenção e diminuindo barreiras de acesso aos serviços de saúde. Aliadas a um plano de parto consolidado e informatizado, além de partilharem conteúdos educativos, ainda potencializam o poder de decisão feminino.