ResumoEnzimas proteolíticas constituem um dos mais importantes grupos catalisadores, tem ampla utilização comercial e industrial. Entre essas, as proteases de origem fúngica apresentam vantagens como alta diversidade, fácil produção em larga escala e recuperação. O objetivo deste estudo foi avaliar a produção e caracterizar parcialmente proteases do extrato bruto de Pleurotus ostreatoroseus cultivado em substratos agroindustriais. A cultura matriz foi preparada em ágar batata dextrose acrescida de extrato de levedura 0,5% (p/v). A produção das enzimas proteolíticas foi realizada por fermentação semi-sólida utilizando substratos agroindustriais. A fermentação foi conduzida durante 15 dias sob duas condições de cultivo (presença e ausência de luz). Para determinação da atividade e caracterização parcial das proteases, o extrato bruto foi filtrado sucessivamente em tecido de algodão e membrana polietersulfônica de 0,22 µm. Os resultados demonstraram que os resíduos foram fontes para a produção de proteases com pH variando de levemente ácido a alcalino e temperatura ótima a 25˚C e 40˚C.Palavras-chave: Pleurotus ostreatoroseus; fermentação em estado sólido; enzimas.
IntroduçãoNo mercado mundial de enzimas as proteases predominam na indústria de detergentes, farmacêutica, cerveja, couro, alimentos, como coagulante na fabricação de queijo e para recuperação da prata usada no filme de raios-X (GENÇKAL, 2004;CUI et al., 2007;SABOTIC et al., 2007;DABOOR et al., 2010). Proteases também participam da síntese e degradação de proteínas, da conidiogênese e descarga conidial, germinação, modificação enzimática, nutrição e regulação da expressão gênica (CUI et al., 2007;NAKAMURA et al., 2011;ZHENG et al., 2011).As enzimas proteolíticas têm origem de diversas fontes vegetal, animal e microorganismos procariontes e eucariontes, entre estes, os fungos são produtores eficientes, predominando espécies de Aspergillus e Penicillium (SANDHYA et al., 2005). Entre os fungos, os cogumelos estão se tornando uma fonte atraente de compostos bioativos, além de usado tipicamente como alimento. Nos últimos anos, diversos cogumelos comestíveis são também citados como fontes de enzimas, incluindo proteases fibrinolíticas, a exemplo de P. eryngii (CHA et al.Os substratos agroindustriais (casca de cupuaçu, semente de açaí e serragem) e os respectivos suplementos (farelo de arroz, coroa e casca de abacaxi) se mostraram como potenciais substratos em fermentação semi-sólida para produção de enzimas proteolíticas por P. ostreatoroseus. No entanto, nos cultivos mantidos sob luz, casca de cupuaçu e farelo de arroz foi a mistura de substrato mais eficiente para produção das proteases, com atividade ótima em pH 6,0 e a 40 o C, características permitem a aplicação na indústria farmacêutica, têxtil, alimentícia e química.
AgradecimentosAo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior-CAPES, a Universidade Federal do Amazonas-UFAM pelo apoio financeiro e a todas as pessoas que...