“…Estes resultados sugerem a existência de uma disposição psicológica estável, semelhante aos traços de personalidade (Brotherton, 2015). Em termos cognitivos e afetivos, fortes crenças em teorias conspiratórias também estão associadas à desconfiança social generalizada (Goertzel, 1994;Darwin, Neave, & Holmes, 2011), descontentamento com a sociedade (Goertzel, 1994), hostilidade (Abalakina-Paap, Stephan, Craig, & Gregory, 1999), cinismo (Parsons, Simmons, Shinhoster, & Kilburn, 1999), desafio à autoridade (Swami, Chamorro-Premuzic, & Furnham, 2010), ansiedade (Swami et al, 2013), desagradabilidade (Bruder, Haffke, Neave, Nouripanah, & Imhoff, 2013), necessidade de ser único (Lantian, Muller, Nurra, & Douglas, 2017), menor pensamento analítico, abertura à mudança e maior pensamento intuitivo (Swami, Voracek, Stieger, Tran, & Furnham, 2014). Importante notar também que indivíduos com fortes crenças conspiratórias podem ser mais suscetíveis a certos erros sistemáticos de raciocínio indutivo, como o viés da intencionalidade (Brotherton & French, 2015), o viés da proporcionalidade (McCauley & Jacques, 1979) e o viés confirmatório (McHoskey, 1995).…”