A carcinicultura é uma atividade econômica rentável em expansão cujos principais entraves são os surtos de doenças viróticas. Dentre aquelas, destaca-se a Síndrome da Mancha Branca (WSSD), por sua virulência e taxa de mortalidade. O primeiro relato de surto foi na Ásia, em 1992, e desde então o agente se propagou pelos cultivos de camarões em todo o mundo. O Vírus da Síndrome da Mancha Branca (WSSV) é constituído por DNA e todos os animais da ordem Decapoda mostraram-se sensíveis a esse agente, independente da salinidade. Outros organismos também são susceptíveis ao WSSV, desde poliquetas a lagostas. A transmissão pode ocorrer por três formas: vertical, horizontal ou por via hídrica. A WSSD recebeu esse nome devido as manchas brancas de mineralização que se formam na carapaça de camarões doentes, entretanto elas não podem ser consideradas como um sinal patognomônico. Para o diagnóstico recomenda-se realizar anamnese, exame a fresco, histopatológico e confirmar com algum teste molecular, como PCR ou LAMP. Não há tratamento eficaz e a prevenção é a melhor solução. Desse modo, como o Brasil é um país com destaque na sua produção de Litopenaeus vannamei, e que está buscando ganhar o mercado externo, torna-se imprescindível ampliar os estudos dessa enfermidade.