2012
DOI: 10.1590/s1517-106x2012000100002
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A tradução: no limiar

Abstract: ResumoNo que diz respeito à sua fundação epistemológica, que permanece frá-gil, a tradutologia geralmente concebe seu objeto sob a lógica da transferência e da circulação. Se é possível conceder-lhe legitimidade conceitual, uma tal apreensão corre o risco de acarretar uma fetichização ideológica nefasta à percepção da plena dimensão ética do traduzir. Em prejuízo da concepção reinante, é possível repensar a tradução como experiência do limiar, e não da passagem. Enquanto a etimologia do significante francês se… Show more

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“…De acordo com tudo o que foi discutido ao longo dessas páginas, podemos considerar, entre outras interpretações acerca do tema, que a atividade de Bishop enquanto tradutora, assim como a de muitos tradutores, está diretamente associada à melancolia, que, como vimos aqui, é uma característica inerente ao próprio processo de tradução. Disso resulta seu TradTerm, São Paulo, v. 22, Dezembro/2013, p. 147-171 www.usp.br/tradterm http://www.revistas.usp.br/tradterm/index gauchisme, seu estar à margem, sua inscrição num lugar contraditório e permanente: o limiar, do qual nos fala Nouss (2012). A relação entre a melancolia, o gauchisme e o processo tradutório, como se tentou demonstrar neste trabalho, é repleta de nuances que se complementam e se distanciam, para formar o universo encantador que é a tradução de poesia.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…De acordo com tudo o que foi discutido ao longo dessas páginas, podemos considerar, entre outras interpretações acerca do tema, que a atividade de Bishop enquanto tradutora, assim como a de muitos tradutores, está diretamente associada à melancolia, que, como vimos aqui, é uma característica inerente ao próprio processo de tradução. Disso resulta seu TradTerm, São Paulo, v. 22, Dezembro/2013, p. 147-171 www.usp.br/tradterm http://www.revistas.usp.br/tradterm/index gauchisme, seu estar à margem, sua inscrição num lugar contraditório e permanente: o limiar, do qual nos fala Nouss (2012). A relação entre a melancolia, o gauchisme e o processo tradutório, como se tentou demonstrar neste trabalho, é repleta de nuances que se complementam e se distanciam, para formar o universo encantador que é a tradução de poesia.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…Iniciamos com Gérard Genette (2009), que sistematizou o conceito de paratexto no universo da literatura e o relacionou especialmente com o mercado editorial. Em diálogo com Genetteparatextos como elementos marginaispassamos à noção de limiar proposta por Alexis Nouss (2012b). Em seguida, dialogamos com Xoán Manuel Garrido Vilariño (2005) e José Yuste Frías (2015) sobre a paratradução.…”
Section: Lawrence Venutiunclassified
“…Para Nouss (2012b), o pensamento do limiar invalida a noção de fidelidade e/ou de equivalência, uma vez que não se concebe mais a tradução como transferência ou substituição de uma língua por outra, como peças de um jogo infantil, mas uma tarefa dinâmica, pois tratase do encontro, de trocas, de negociações (consequentemente de jogos de poderes) que levam a transformações em ambos os lados da fronteira, em ambas as línguas. A própria fronteira é vista aqui como algo menos rígido e mais fluido, ou ainda: quando "acaba" uma língua e quando Tendo em consideração que tradução é recriação e construção, compartilhamos a ideia de Nouss (2012b, p. 31) de considerar "a tradução como investigação mais do que como uma busca, seja ela de um sentido ou de uma mensagem".…”
Section: Imagemunclassified
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“…Defendendo a ideia da leitura crítica que envolve o processo de tradução. Alexis Nouss (2012), no artigo que citamos aqui no início, alerta para a desconfiança que desperta a metáfora da passagem, destacando não só que é impossível uma passagem bem-sucedida, mas também que o desejo desse impossível é reflexo do que chama de uma pulsão dominadora…”
Section: Tradução Como Traductio E Traslatio O Limiarunclassified