“…Trata-se de investigação que aborda o processo de formação do eixo CTSA, no projeto Ribeirão Anhumas na Escola, que em uma das oficinas tratou a temática de educação para a participação CTS.NasNo VIII ESOCITE(2010), intitulado "Ciência e tecnologia para a inclusão social", em um total de 427 trabalhos no programa (em maioria, com resumos, e apenas uma parte com os trabalhos completos), 60 trabalhos foram classificados no tópico participação pública, agrupados em dez mesas temáticas dos eixos "Participação dos públicos, comunicação, democratização"; "Educação CTS e Educação superior"; "As tecnociências emergentes"; e, "Os riscos da ciência e da tecnologia"(Programa ESOCITE, 2010).A quantidade de trabalhos apresentados, bem como, a ampliação dos temas, demonstra, por um lado, a consolidação da Participação Pública em C&T, como problema de pesquisa na América Latina, e, por outro, sua interseção com a Educação CTS. Os temas que definiram as mesas também revelam uma concepção de participação ampla, que atinge tópicos como o ativismo político, as políticas de comunicação, a regulação social da C&T, a participação em questões ambientais ou a relação entre participação e as tecnologias emergentes; além dos tópicos mais freqüentes, relacionados com os fluxos de informação de C&T; com as controvérsias e a circulação de diferentes tipos de conhecimento.i) Participação pública em espaços institucionais autóctones, especificamente os constituídos a partir da Constituição de 1988, como a análise da representatividade local nas relações institucionais, no Conselho Local do Delta do rio Paraná (CÁMPORA; GRASSI, 2010), entre outros; ii) (XAVIER et al, 2010 43 ; ORTEGA, 2010 44 ); b) educação ambiental e gestão participativa em áreas de proteção ambiental (CERATI, 2010; CERATI; SOUZA, 2010); c) linguagem e discurso(PEREIRA et al, 2010; BARBOSA et al, 2010); d) formação de professores(TULA, 2010;CASTRO et al, 2010); e, e) políticas de inclusão social de jovens(CARDOSO et al, 2010).Detectamos uma continuação com as temáticas abordadas no ESOCITE 2008, relacionadas com os conselhos de direito e outras formas de participação política, institucionais existentes, a partir da Constituição brasileira de 1988, que visam uma influência da sociedade nas políticas públicas. Não obstante, observamos também a aparição de novas abordagens institucionais e não institucionais da participação pública em C&T. Com efeito, o diálogo entre quem estuda participação dos ESCT e educação para a participação é, praticamente, inexistente.Vale destacar que o agrupamento dos trabalhos, nas categorias anteriormente citadas, nos permitiu uma visão panorâmica da participação pública na região.…”