A via Venezuelana Ao Socialismo

The Venezuelan Path to Socialism

“…All the engines were interrelated, and the explosion of communal power depended on all the others for its growth and success (López Maya, 2008: 69–70). With respect to other points in the Bolivarian process, from the refounding of the political party (Partido Socialista Unido de Venezuela—PSUV), the new nationalizations and state controls (such as those involving the Banco de Venezuela and Siderúrgica del Orinoco [see Seabra, 2014: 142–145; Toussaint, 2009]), the attempt to tailor the constitution to the socialist project, and the empowerment of the popular camp through the communal councils and communes to the proposal of a multipolar world through South-South integration (RBV, 2010), it seemed the most radical.…”

“…What is saved through government social services is spent in superfluous consumption, since advertising, the culture, and the capitalist structure continue to be hegemonic in the society. Since 2005 a certain adaptation to the process by factions of the bourgeoisie has become evident 12 in negotiations with the government of new employers’ associations such as Empresarios por Venezuela (Enpreven), the Confederación Nacional de Agricultores y Ganados de Venezuela (Confagan), and the Federación de Industriales Pequeños, Medianos y Artesanos de Venezuela (Fedeindustria) (Seabra, 2014: 81).…”

Recuperação do passado no discurso de Hugo Chávez: um recorte de >i<Aló, presidente>/i< (2006-2012)

“…O movimento, segundo as considerações de Mendes (2012) e de Seabra (2014), contava com a participação do então tenente-coronel Hugo Chávez e era composto por um conjunto de diferentes militares de baixos e médios postos do exército nacional que tinham como intenção medular, além da destituição do então presidente, dominar as principais vias de acesso da cidade de Caracas, bem como algumas instituições, entre outros pontos estratégicos, de modo a impossibilitar uma contraofensiva do governo oficial (MENDES, 2012;SEABRA, 2014).…”

“…No mundo, a grande recessão causava uma desaceleração no crescimento das economias internacionais, o que levava à crise interna na Venezuela, já que parecia "cada vez mais difícil sustentar os compromissos sociais do Estado" (ibid.). Seabra (2014), por sua vez, ao retomar Ewell (2002) 42 , observa que, dadas as consequências da baixa do preço do petróleo no mercado internacional, o governo de Herrera Campíns resolveu tomar medidas que promovessem a reestruturação econômica do país, as quais pareciam ser bastante impopulares, já que algumas delas eliminavam parte do subsídio dado pelo governo nacional sobre alguns produtos de consumo básico.…”

“…Seabra (2014) esclarece, que devido à incapacidade financeira do Estado venezuelano, em seus inícios, as explorações de petróleo eram possíveis apenas a partir de capitais estrangeiros, fato que fazia com que os governos da época aceitassem as condições impostas pelo exterior.29 A abundância petroleira não deve ser entendida apenas como um elemento que conforma a economia da Venezuela, mas que orienta a concepção de Estado no país e, neste ponto, nos parece pertinente a reflexão do escritor e dramaturgo José Ignacio Cabrujas quando, conforme Lander (2013, p.13), formula uma imagem sobre o Estado na Venezuela, segundo a qual o aparecimento do petróleo no país cria uma espécie de "cosmogonia", já que a riqueza petroleira se aproximou à "força de um mito": "gracias al petróleo era posible pasar rápidamente del retraso a un desarrollo espectacular", o que conferia ao Estado um lugar mágico que o caracterizava como um agente capaz de providenciar o milagre do progresso.…”