A Vida das Mulheres Parteiras Ribeirinhas: Experiências a partir do Trabalho de Campo

Abstract

O artigo tem, por finalidade, descrever as experiências dos atendimentos psicológicos às mulheres do distrito de Calama, da cidade de Porto Velho, Rondônia, referente à participação no Projeto de Extensão "Projeto Calama: Ribeirinhos do Rio Madeira", ocorrido no período de outubro de 2006 a outubro de 2007. Os relatos que se seguem tratarão de apresentar a experiência de campo dos autores e aspectos importantes da história de vida e da subjetividade das mulheres que participaram das atividades desenvolvidas, por meio da formação de grupo focal clínico (Fern, 2001), e dos atendimentos individuais (Rogers, 1970(Rogers, /1978, metodologias utilizadas para a melhor compreensão da dinâmica de vida e da sexualidade das mulheres ribeirinhas, com ênfase aos conteúdos evocados pelas parteiras existentes em Calama. A análise dos dados foi realizada por meio dos conteúdos (Bardin, 1977) que emergiram na conversação empreendida no grupo, no nível de análise grupal, codificando e interpretando o conteúdo trazido através desses relatos. Concluiuse, a partir deste enriquecedor trabalho, que as parteiras possuem elevado conhecimento, um saber muito apropriado sobre sexualidade, corpo e a reprodução humana. E o resgate desse saber representou, para os envolvidos, a conservação da intimidade dos partos, o fortalecimento do laço de confiança existente entre as pessoas da comunidade e as parteiras. As parteiras fazem parte da simbologia do parto, na comunidade, como um momento de amor, demonstrando não ser vantagem perdêlo.PalavrasChave: Mulheres; Parteiras; Comunidade Rural.O artigo tem, por finalidade, descrever as experiências dos atendimentos psicológicos às mulheres do distrito de Calama, da cidade de Porto Velho, Rondônia, referente à participação no Projeto de Extensão "Projeto Calama: Ribeirinhos do Rio Madeira", ocorrido no período de outubro de 2006 a outubro de 2007. Os relatos que se seguem tratarão de apresentar a experiência de campo dos autores e aspectos importantes da história de vida e da subjetividade das mulheres que participaram das atividades desenvolvidas, por meio da formação de grupo focal clínico (Fern, 2001), e dos atendimentos individuais (Rogers, 1970(Rogers, /1978, metodologias utilizadas para a melhor compreensão da dinâmica de vida e da sexualidade das mulheres ribeirinhas, com ênfase aos conteúdos evocados pelas parteiras existentes em Calama. A análise dos dados foi realizada por meio dos conteúdos (Bardin, 1977) que emergiram na conversação empreendida no grupo, no nível de análise grupal, codificando e interpretando o conteúdo trazido através desses relatos. Concluiuse, a partir deste enriquecedor trabalho, que as parteiras possuem elevado conhecimento, um saber muito apropriado sobre sexualidade, corpo e a reprodução humana. E o resgate desse saber representou, para os envolvidos, a conservação da intimidade dos partos, o fortalecimento do laço de confiança existente entre as pessoas da comunidade e as parteiras. As parteiras fazem parte da simbologia do parto, na comunidade, como um momento ...

Saúde Da Mulher Ribeirinha: Implicações No Cuidado

“…Segundo o estudo mulheres ribeirinhas tem o importante papel diante da comunidade do Amazonas na comunidade Calama pois as mesmas desenvolvem a função de parteiras e trazendo ao mundo vidas com também assumem lugar de liderança para os que mais precisam. A pesquisa em questão traz as experiências, dificuldades e falta de reconhecimento que enfrentaram e enfrentam até os dias atuais (BÔAS et al, 2017).…”

“…Sobre as mulheres que promovem a saúde na comunidade de Calama 07 atuam como parteira e relatam que já realizaram inúmeros partos as quais perderam até as contas dentre eles nunca houve morte e para elas é um satisfação, dom de Deus realizar tal ato. Embora existam a falta de reconhecimento vinda da comunidade como também das autoridades e por isso a procura por hospitais para realizar partos e com isso diminuem o parto domiciliar (BÔAS et al, 2017).…”

“…A assistência à saúde é um direito de todos e dever do Estado, deve ser garantida em qualquer lugar do Brasil, ancorada aos princípios e diretrizes da universalidade, equidade, integralidade, regionalização e hierarquização em saúde. Continuamente, a saúde também deve estar presente nas comunidades ribeirinhas, no qual o espaço geográfico é diferenciado, bem como as necessidades de saúde da população também são (BÔAS et al, 2017).…”