A vocação transformadora da educação popular em saúde

Abstract

Propõe-se neste artigo um estudo teórico-reflexivo acerca da maneira como foi construído um pensamento social em saúde alicerçado nos princípios da educação popular. Buscou-se compreender como a difusão do saber da educação popular tem contribuído para a instrumentalização das camadas populares na luta por seu protagonismo na atenção à saúde. Para embasar a discussão, fundamentou-se principalmente nas obras de Brandão (2001, 2002), Cruz (2020) e Vasconcelos (2001). Metodologicamente, o estudo se insere no âmbito da pesquisa qualitativa e bibliográfica. Foram analisadas as diversas produções teóricas sobre a Educação Popular em Saúde implementadas no Brasil. Da análise, evidenciou-se que a educação popular exerceu um papel de relevo na construção de um pensamento social em saúde, repercutindo na valorização do conhecimento construído coletivamente. A Educação Popular em Saúde, ao tomar como ponto de partida a valorização dos saberes prévios na construção compartilhada do conhecimento, propicia maior aproximação entre os integrantes dos movimentos populares, usuários e profissionais do sistema de saúde no propósito de alcançar melhores índices na atenção à saúde.

Relato de experiência: um projeto de extensão em boas práticas em saúde na atenção primária.

“…Recomenda-se que nas próximas atividades sejam adotadas medidas para garantir um maior engajamento da população nas atividades propostas, garantindo melhores resultados na prevenção de doenças (Assis et al, 2020). Acresça-se, ainda, que é válido o uso de mídias sociais para uma maior divulgação de informações sobre saúde.…”

Educação em saúde durante a pandemia da COVID-19: o que consta no Portal da CAPES

“…Ações educativas com trabalhadores cuja atividade ocupacional pode propagar o vírus, como é o caso da experiência compartilhada por Figueiredo et al (2021) para reorientar a prática de trabalhadores do setor de limpeza urbana, são medidas que encontram amparo na capacidade humana de aprendizagem e de renovação, não somente no intuito de se adaptar ao novo cenário, mas de superar a problemática e transformar a realidade na qual estão inseridos (Assis et al, 2020). Para mais, a efetividade da educação em saúde exige a ruptura do paradigma cartesiano, determinísticos e prescritivo mediante a compreensão de diversos outros fatores como o político, cultural e ambiental interferem no alcance dos resultados colimados, porquanto as pessoas estão continuadamente em interação com o espaço onde se inserem (Paula et al, 2020).…”