O objetivo deste estudo foi analisar de forma abrangente as características do abandono afetivo inverso, compreendendo suas implicações nas relações familiares, e a necessidade e eficácia da tutela jurídica sob a ótica da responsabilidade civil dos filhos, como meio de garantir a proteção dos direitos dos idosos. O abandono afetivo inverso caracteriza-se pela falta do cuidado dos filhos em relação aos pais idosos, de maneira a violar o dever dos filhos de cuidar dos pais idosos, em importância jurídica imaterial, que vai desde a solidariedade familiar até à segurança afetiva. Assim, a necessidade da tutela jurídica do abandono afetivo inverso é evidenciada pela falta de amparo legal específico para esse tipo de negligência emocional. A presente pesquisa adotou uma abordagem metodológica de estudo bibliográfico e dedutivo. Conclui-se que, a necessidade da tutela jurídica do abandono afetivo inverso não se limita apenas à esfera legal, mas também reflete valores éticos e morais fundamentais para uma sociedade justa e solidária. Ao reconhecer e enfrentar esse desafio com eficácia, pode-se construir um ambiente onde os idosos sejam respeitados, valorizados e amparados em suas relações familiares, contribuindo para uma sociedade mais humana e inclusiva.