“…Podemos exemplificar isso diante das seguintes situações: o guarda que vigia os transeuntes; o profissional que chama, em voz alta, o cliente para a consulta; as crianças que choram ao serem vacinadas; as pessoas que ficam felizes por terem sido bem acolhidas e cuidadas ou que se revoltam com a qualidade de atendimento. Na instituição pública de saúde sentimos os efeitos objetivos e subjetivos das políticas públicas, que se interceptam na relação entre a população e a instituição.Indo além, em conformidade com diversos estudos, pode-se afirmar que os ambientes de espera se consubstanciam em um espaço que permite inserir novos conceitos, tirar dúvidas e, principalmente, criar vínculos com os usuários, portanto, um lugar profícuo para a implantação de ações de educação em saúde(ALMEIDA et al, 2019a,b;ALMEIDA et al, 2018; ALMEIDA et al, 2017a,b;ZACARON et al, 2016; ALMEIDA, ANDRADE,TEIXEIRA, VELOSO, 2006).Nesta enseada, atravessado pelo exposto, o estudo não apenas encontrou sua justificativa, bem como alicerçou o seu propósito, o de relatar, de forma crítica e reflexiva, as experimentações de educação em saúde em ambientes de espera vivenciadas por acadêmicos estagiários do curso de Odontologia da Universidade Federal de Juiz de Fora (O-UFJF). Para tal, destaca-se o enfoque deste recorte analítico, que centrou-se na compreensão da sistemática político-pedagógica atrelada ao planejamento estratégico de todas atividades desenvolvidas.Por fim, cabe destacar que, calcada no empoderamento de seus elementos empíricos, esta investigação não se baseou em testar hipótese, pelo contrário, galgouse aqui uma oportunidade de ofertar a outros leitores um momento de autoanálise, afinal, muitos podem se identificar com determinados aspectos, situações e reflexões Resolução 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde, por envolver seres humanos, o estudo foi aprovado e liberado, sob parecer de número 3.617.647/2019, pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Juiz de Fora (BRASIL, 2016).Quanto ao percurso metodológico, trata-se de um relato de experiência qualitativamente estruturado sob estratégia narrativo-descritiva e moldado à técnica argumentativa.…”