Analisar a situação clínica e epidemiológica de casos de Doença de Chagas Aguda (DCA) na região de saúde Metropolitana I, estado do Pará, no período de 2016 a 2021. MATERIAL E MÉTODOS: Trata-se um estudo ecológico, descritivo, exploratório e retrospectivo, com abordagem quantitativa, realizado a partir da coleta de dados secundários de casos confirmados de DCA na região de saúde Metropolitana I, do estado do Pará. As variáveis analisadas foram: 1) sociodemográficas: sexo, faixa etária e zona de residência e 2) clínicoepidemiológicas: ano de ocorrência, município de residência, modo de transmissão, critério de confirmação e evolução clínica. Para a análise, os dados obtidos foram organizados em banco de dados e analisados por meio de estatística descritiva, utilizando o programa Microsoft Office Excel 2019. RESULTADOS: Foram confirmados 1.259 casos de DCA no estado do Pará, sendo 163 (12,9%) dos casos. O ano de 2018 apresentou o maior número de casos da doença, correspondendo a 29,4% (N=48) dos casos na região de saúde Metropolitana I, com 119 (73,0%) casos registrados em Belém. No perfil epidemiológico dos casos, houve predominância do sexo feminino (N= 86; 52,8%), faixa etária entre 40 a 59 anos (N= 64; 39,3%) e ocorrência em indivíduos com residência na zona urbana (N= 46; 28,5%). Os resultados evidenciaram 157 (96,3%) casos infectados pela via oral, 159 (97,5%) confirmados por diagnóstico laboratorial e, quanto a evolução clínica, 122 (74,8%) casos permaneceram vivos. CONCLUSÃO: Diante dessas descobertas, torna-se necessário direcionar um cuidado integral à população urbana e melhorias no consumo de alimentos na região amazônica. Além disso, recomenda-se estudos futuros para o aprofundamento e compreensão dos casos de DCA nos municípios paraenses.