O mosquito Aedes aegypti é um dos principais vetores de arbovírus, incluindo Dengue, Chikungunya e Zika. Sua adaptação aos ambientes urbanos das regiões tropicais e subtropicais expõe a riscos 2,5 milhões de pessoas. O controle desse vetor, através do uso de inseticidas sintéticos é uma estratégia importante para controle dessas doenças. Neste contexto, os inseticidas naturais constituem uma alternativa aos sintéticos, pois degradam-se facilmente, são menos nocivos ao meio ambiente e menos tóxicos para insetos não-alvo. Neste trabalho, avaliou-se a atividade larvicida de extratos de espécies do Cerrado contra o mosquito Aedes aegypti. Para tanto, larvas foram expostas à soluções, em diferentes concentrações, conforme protocolo da OMS, para avaliar suas toxicidades. A mortalidade foi verificada após 24 e 48 horas de exposição, os resultados foram analisados estatisticamente e as taxas de mortalidade determinadas. Os extratos obtidos das folhas de Philodendron adamantinum, Xylopia emarginata e Schinopsis brasiliensis e das cascas de caule de Psidium cattleianum e Myracrodruon urundeuva apresentaram, na concentração preliminar de 2000 mg/L e tempos de exposição, baixa (>30%) ou nenhuma atividade larvicida. Somente o extrato das folhas de Magonia pubescens apresentou taxa de mortalidade superior a 90% a 2000 mg/L e 48h de exposição. Contudo, somente na concentração de 500 mg/L e 48h de exposição foi observada atividade larvicida significativa, quando comparada ao controle positivo, porém inferior a 15%. Os resultados deste estudo não descartam, definitivamente, as espécies avaliadas de apresentarem atividade larvicida, pois testou-se apenas extratos hidroalcoólicos de uma única parte de cada planta.