Acessibilidade no ensino superior na modalidade remota para deficientes visuais: comparação entre Brasil e Portugal

Abstract

O objetivo deste artigo é discutir a acessibilidade no ensino remoto, devido à pandemia decorrente da Covid-19, de estudantes do ensino superior com deficiência visual, numa análise comparativa entre Brasil e Portugal, através de estudo de caso, apresentando as facilidades e dificuldades encontradas por essa demanda e a possibilidade e necessidades de mediação a ser exercida entre docente e discente e o uso de ferramentas de tecnologia assistiva. A metodologia utilizada foi enquadrada por uma análise comparativa de pesquisa bibliográfica de publicações científicas e documentos que forneceram, para essa discussão, um referencial teórico, bem como entrevistas semiestruturadas a dois discentes com deficiência visual e dois docentes videntes de cada país. Foi identificado que a modalidade remota de ensino, complexa e desafiadora, urge adequar-se às necessidades dos discentes com deficiência visual e que precisam ser providenciados recursos adequados para a devida inclusão e o devido preparo para uso dos recursos da tecnologia assistiva através das ferramentas utilizadas. Conclui-se que a mudança repentina apresentou desvantagens, como a dificuldade dos docentes para apresentar o material via web, e vantagens, como maior disponibilidade de acesso às informações para o devido acompanhamento dos estudos.

Do presencial ao remoto: um estudo comparativo entre Brasil e Portugal

“…Cursos livres, técnicos, de extensão e universitários, por exemplo, tiveram a didática repensada para melhor explanação de conteúdo, compartilhamento de materiais, saneamento de dúvidas e comunicação interativa entre os docentes e discentes. Em ambos os países, setores foram reformulados ou mesmo criados para auxiliarem essa demanda, com a inserção da audiodescrição, do braille e outros (Guedes & Almeida, 2022).…”