Objetivo: analisar diagnósticos e tratamentos em pacientes no Hospital do Juquery no período Vargas. Método: estudo quanti-qualitativo, exploratório-descritivo, análise dos dados pelo referencial da análise documental e documentos históricos. Resultados: analisados 2.166 prontuários; épocas de conflitos sociais e guerras com incremento de prisões e internações; múltiplos diagnósticos para paciente; diagnósticos inconclusivos; principais diagnósticos: esquizofrenia (23,59%), psicose maníaca depressiva (4,20%), psicoses diversas (4,02%), delírio (3,83%), parafrenia (3,60%), depressão (3,19%), confusão mental (2,91%) configuravam 45,34% (982) do total; quadros sem serem estritamente psiquiátricos, mas poderiam ter sintomatologia derivada: sífilis (10,80%), deficiência intelectual (8,08%), epilepsia (4,06%), alcoolismo (3,81%); 2.023 (93,40%) prontuários sem observação médica; 08 (0,37%) pacientes diagnosticados “sem perturbação mental”; 37 (1,71%) “sem diagnóstico conclusivo”; 920 (42,47%) prontuários sem dados de tratamentos; 213 (9,83%) sem definição de tratamentos. Conclusão: múltiplos diagnósticos para mesmo indivíduo; alguns pacientes não tinham quadros psiquiátricos; tratamentos repetidos, majoritariamente orgânicos, não produziram resultados efetivos.