Objetivo: Comparar a celeridade do acesso ao hospital com intervenção coronariana percutânea (ICP), uso da ICP primária e mortalidade em 30 dias entre os pacientes com IAMCSST que iniciaram os sintomas na região não metropolitana com aqueles que iniciaram na região metropolitana de Aracaju. Metodologia: Estudo de coorte, quantitativo que utilizou dados do registro VICTIM no período de dezembro de 2014 a outubro de 2017. Adotado o nível de significância de 5%, (p<0,05). Resultados: Participaram do estudo 878 pacientes, dos quais 382 iniciaram os sintomas na região metropolitana e 496 na região não metropolitana. Esses últimos percorreram maiores distâncias (104 ± 58,4km vs. 16 ± 49,3km, p < 0,001), passaram por mais de 1 instituição (96% vs. 73%, p <0,001), apresentaram maior atraso até o hospital (11h [7-26] vs. 7h [3-17], p <0,001) e, portanto, realizaram menos ICP primária (45% vs. 59%, p<0,001). Constatou-se ainda que, aqueles da região não metropolitana apresentaram mais chance de morte aos 30 dias (OR 1,84, IC 95%, 1,12 a 3,04, p = 0,016). Conclusão: Observou-se disparidades no acesso, no uso da ICP primária e nas taxas de mortalidade de 30 dias entre os grupos analisados. Esses achados podem auxiliar no melhor delineamento da logística de acesso às terapias de reperfusão em Sergipe.