Acidente Vascular Cerebral E Diferentes Limitações: Uma Análise Interdisciplinar

Abstract

O Acidente Vascular Cerebral (AVC), é uma das principais causas de internações e mortalidade no Brasil, dimensionando a sua magnitude como problema de saúde pública. A maior parte dos sobreviventes do AVC permanecem com alguma sequela, seja ela de ordem física, comunicacionais, funcionais, sensitivas, mentais ou emocionais. Para minimizar estes danos decorrentes do AVC é necessário que essa população tenha acesso à serviços de reabilitação, com tratamento de forma integral. O presente artigo tem como objetivo, analisar dados dos sistemas de informações online do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, para avaliar o perfil dos portadores de AVC e qual o seu grau de limitação. Como resultados, foi identificado que, no Brasil, este acidente ocorre em ambos os sexos, na faixa etária de adultos jovens ou envelhecimento, pouca escolaridade e na cor branca e parda. O acesso ao processo de reabilitação demonstra-se deficiente, prejudicando o quadro funcional do usuário. A interdisciplinaridade deverá ser desenvolvida a partir da verdadeira cooperação entre os saberes, isso requer que o trabalho em saúde seja por meio de práticas integradas, levando em consideração o contexto em que o indivíduo está inserido.

Retardo na chegada da pessoa com acidente vascular cerebral a um serviço hospitalar de referência

“…A preocupação com a doença é refletida tanto por sua incidência como pelo seu potencial em cau-sar danos neurológicos, influenciando a qualidade de vida da pessoa acometida, de sua família e cuidadores.Conforme Relatório de Gestão da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, em 2012 foram constatados 126.805 mil óbitos por AVC que desencadeou medidas para ampliação dos leitos do Sistema Único de Saúde para esses pacientes. Atualmente existem 57 hospitais habilitados no atendimento especializado ao AVC (2) .Em estudo de base nacional, o Nordeste foi referido como a região brasileira com mais casos da doença em pessoas de 30 a 59 anos (3) , o que demonstra a precocidade da doença e confirma a necessidade de estabelecer processos de ava-…”

“…Em estudo de base nacional, o Nordeste foi referido como a região brasileira com mais casos da doença em pessoas de 30 a 59 anos (3) , o que demonstra a precocidade da doença e confirma a necessidade de estabelecer processos de ava-…”

Perfil epidemiológico da mortalidade de pacientes vítimas de acidente vascular cerebral no estado do Piauí no período de 2010 à 2020

“…Nesse sentido, o Brasil possui divergências das epidemiologias dos casos de AVC entre as regiões, o que evidencia a diversidade cultural, étnica e populacional do país, um vez que, em estudo prévio, foi evidenciado que na região Sudeste, a prevalência em indivíduos brancos, do sexo masculino, com idade entre 64 e 75 anos. Já nas regiões Centro-Oeste, Norte, Nordeste e Sul o sexo feminino com idade entre 30 e 59 anos; a cor prevalente foi parda, com exceção da região Sul (Schmidt et al, 2019). Além disso, o aumentado número de óbitos no país por doenças cerebrovasculares está relacionado, também, aos conhecimentos acerca dos sinais e sintomas e do tratamento dessas doenças.…”

“…região Nordeste apresenta as menores taxas de Doenças Cérebro Vasculares (DCBV) em comparação com as demais regiões do Brasil, porém possui tendência de crescimento significativo ao longo dos anos. Os estados que possuem maior taxa de crescimento são Maranhão, Piauí, Paraíba, Alagoas e Sergipe.SegundoSchmidt et al, 2019, há muitos fatores de risco que favorecem o desenvolvimento do AVC e que podem ser modificáveis ou não modificáveis. Dessa forma, conhecer esses fatores é essencial no controle e nos impactos dessa patologia.Assim, dentre os principais fatores de risco não modificáveis estão as alterações vasculares congênitas, como os aneurismas, o baixo peso ao nascer, a idade avançada, o sexo masculino e história familiar de ocorrência de AVC.…”

Perceptions about the Therapeutic Itinerary after stroke: a qualitative research

“…Among these actions, there are supports from primary care, with professionals trained in stroke identification, to emergency and referral hospital units. Outpatient and hospital rehabilitation continues this cycle of integrated support, with rear beds for complex chronic care, home care programs, and social reintegration (4) .…”