Introdução: Os acidentes de trabalho são considerados evitáveis em muitas situações e que podem causar lesões no trabalhador e onerar o sistema de saúde pública e os regimes de previdência social. Objetivos: Descrever o perfil e custos dos acidentes de trabalho notificados e atendidos em um hospital universitário em Pernambuco no período de 2018 a 2021. Métodos: Estudo exploratório, ex post facto, quantitativo realizado utilizando dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Foram realizadas análises descritiva e inferencial e teste Exato de Fisher, além da regressão de Poisson. Resultados: Ocorreram 603 acidentes de trabalho notificados, com média de idade de 38,2 anos, predomínio em homens (82,3%), raça parda (84,2%), escolaridade ignorada (66,0%) e residência urbana (69,2%). A maioria sucedeu em 2020 (n=185; 27,8%), em trabalhadores autônomos (39,2%), típico (55,9%), atingindo membros superiores (25,4%). Foi identificado que ter idade superior a 37 anos eleva 95% (IC 95%: 0,91 -0,99) a prevalência de acidentes de trabalho em homens. Ser autônomo aumenta a prevalência em 92% deste evento (IC 95%: 0,87 -0,96; p < 0,001) e não ter a situação laboral preenchida 80% (IC 95%: 0,73 -0,87; p < 0,001). Quanto ao tipo de acidente, os acidentes de trajeto elevam em 1,09 vezes (IC 95%: 1,05 -1,14; p < 0,001) a prevalência de ocorrências no gênero masculino. Conclusões: Os resultados apontam que torna relevante a busca de estratégias específicas a fim de prevenir acidentes e, com efeito, preservar a saúde e segurança do trabalhador e redução com gastos governamentais. Palavras-chave: saúde ocupacional; acidentes de trabalho; custos de cuidados de saúde.