Acne é uma condição genético-hormonal caracterizada por manchas moderadas a graves que ocorrem devido ao acúmulo de sebo nos folículos capilares por meio da hiperqueratinização folicular. Pode ser inflamatório ou não inflamatório e é autolimitado, o que significa que tende a evoluir para resolução naturalmente. No entanto, os casos mais graves podem exigir tratamento prolongado para evitar o agravamento da condição e cicatrizes permanentes. O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto da acne na qualidade de vida de adolescentes e determinar associações com estilo de vida e hábitos alimentares. Estudo descritivo, analítico e transversal realizado com adolescentes brasileiros de 14 a 18 anos de escolas públicas. A coleta de dados envolveu a aplicação de um questionário com informações sociodemográficas, o Global Acne Grading System (GAGS) e o Cardiff Acne Disability Index (CADI). A prevalência de acne foi de 100%. De acordo com o GAGS, 76,63% tinham acne leve, 21,99% acne moderada e 1,37% acne grave. Com base no escore CADI, 70,45% da amostra apresentou impacto leve, 25,12% impacto moderado e 3,44% impacto grave. A análise estatística dessas variáveis revelou resultados significativos (p <0,05), mas o coeficiente de Pearson revelou uma correlação fraca (r = 0,265). Os presentes achados demonstram que o impacto da acne na qualidade de vida dos adolescentes é diretamente proporcional à sua gravidade. É necessário disseminar o conhecimento sobre o tema para a população para diminuir o impacto dessa condição.