A dimensão audível dos jogos digitais nos fala sobre a tecnocultura contemporânea e as reconfigurações na atual ecologia das mídias. Neste artigo propomos observar alguns destes rearranjos através de uma exploração tentativa das condições de interfaceamento estabelecidas pelos jogos digitais através do design de som. Por meio de uma abordagem mídia-arqueológica, observamos como os modos de organizar o material sonoro, sobretudo no design de jogos digitais em primeira e terceira pessoa, participam na criação dos seus mundos audiovisuais jogáveis. Iniciamos o texto com uma breve exploração conceitual do termo interface para, então, articularmos o design de som dos jogos com formatos audiovisuais pregressos. Em seguida, realizamos a análise dos modos particulares por meio dos quais computador e humano são interfaceados através do som nos jogos digitais, e conjeturamos como as interfaces tornam manifestas reconfigurações latentes na cultura contemporânea.