A mucuna-preta é uma leguminosa anual, que nos últimos anos assumiu posição de destaque como uma importante planta daninha em várias regiões. O controle químico constitui-se umas das principais ferramentas de manejo de plantas daninhas, contudo, diferentes condições climáticas podem influenciar consideravelmente a eficácia de muitas moléculas. O glyphosate é um dos herbicidas sistêmicos, de amplo espectro de controle, amplamente utilizado para o controle químico de plantas daninhas. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi avaliar as respostas de crescimento de plantas de mucuna-preta em diferentes temperaturas submetidas a doses de glyphosate. Foram realizados dois experimentos, em casa de vegetação, em delineamento inteiramente casualizado, com cinco repetições. Os tratamentos foram constituídos por nove doses de glyphosate (g ha-1 e.a.): 2,81; 5,62; 11,25; 22,5; 45,0; 90,0; 180,0; 360,0 e 720,0, além de um tratamento controle (sem aplicação de herbicida). Foram realizadas avaliações visuais de fitointoxicação aos 7, 14, 21 e 28 dias após a aplicação (DAA), e aos 28 DAA massa seca da parte aérea das plantas, além da extração e quantificação da cera epicuticular. Doses de glyphosate inferiores a 22,5 g ha-1 e.a. não ocasionaram nenhum efeito nas plantas e nas doses superiores a 360 g ha-1 e.a. proporcionou a morte da mucuna-preta em ambos os experimentos. A resposta da mucuna-preta nas doses intermediárias de glyphosate variou e associou-se as diferentes condições de temperatura que provocaram diferenças nas quantidades de ceras nos experimentos realizados. As plantas de mucuna-preta respondem de maneira diferente ao herbicida glyphosate em condições de temperatura diferente.