Inherited resistance to activated protein C caused by the factor V Leiden (FVL) mutation is the most common genetic cause of venous thrombosis yet described, being found in 20-60% of patients with venous thrombophilia. A relationship between the FVL mutation and an increased predisposition to arterial thrombosis in young women was recently reported. We assessed the prevalence of the FVL mutation in 440 individuals (880 chromosomes) belonging to four different ethnic groups: Caucasians, African Blacks, Asians and Amerindians. PCR amplification followed by MnlI digestion was employed to define the genotype. The FVL mutation was found in a heterozygous state in four out of 152 Whites (2.6%), one out of 151 Amerindians (0.6%), and was absent among 97 African Blacks and 40 Asians. Our results confirm that FVL has a heterogeneous distribution in different human populations, a fact that may contribute to geographic and ethnic differences in the prevalence of thrombotic diseases. In addition, these data may be helpful in decisions regarding the usefulness of screening for the FVL mutation in subjects at risk for thrombosis.
Resistência à proteína C ativada associada à mutação do fator V Leiden (FVL) é a mais prevalente causa genética de trombose venosa conhecida, sendo encontrada em 20 a 60% dos pacientes com trombofilia. Adicionalmente, uma associação entre a mutação do FVL e predisposição aumentada para doença cardiovascular prematura em mulheres foi recentemente descrita. No presente estudo nós determinamos a prevalência da mutação do FVL em 440 indivíduos (880 cromossomos) de 4 grupos étnicos diferentes: caucasóides, negros africanos, asiáticos e ameríndios. Amplificação por PCR seguida de digestão com a enzima de restrição MnlI foi utilizada para definição do genótipo. A mutação do FVL foi encontrada em heterozigose em 4 de 152 caucasóides (2,6%), 1 de 151 ameríndios (0,6%) e esteve ausente em 97 negros africanos e 40 asiáticos. Nossos resultados confirmam que o FVL apresenta distribuição heterogênea em diferentes populações humanas, fato que pode contribuir para diferenças étnicas e geográficas na prevalência de doenças trombóticas. Adicionalmente, estes dados podem ser úteis para a definição de estratégias de rastreamento desta mutação em indivíduos sob risco para desenvolvimento de trombose, na população brasileira