Objetivo: Descrever o ambiente alimentar de varejo no primeiro ano da pandemia de Covid-19. Método: Estudo ecológico realizado em três cidades da região metropolitana de Belo Horizonte. Foram utilizados dados secundários, da Secretaria Estadual da Fazenda de 2020, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e da Secretaria Estadual de Saúde do Estado de Minas Gerais. Avaliaram-se as seguintes variáveis: abertura e fechamento de estabelecimentos que comercializavam alimentos segundo o tipo e categorias de estabelecimentos. Foi realizada análise descritiva (frequência relativa) com o auxílio do software Stata 14.0 e mapas com o uso do software QGIS 2.10.1. Resultados: Dentre os estabelecimentos que fecharam durante o primeiro ano de pandemia, a maioria comercializa alimentos para consumo imediato (Belo Horizonte 76,53%; Betim 69,95% e Contagem 70,87). Apesar disso, as características gerais do ambiente alimentar de varejo se mantiveram inalteradas nas três cidades, com alta disponibilidade dos estabelecimentos que comercializavam predominantemente alimentos ultraprocessados. Conclusão: A pandemia de Covid-19 impactou mais os estabelecimentos que comercializam alimentos para consumo imediato. Contudo, ainda não é possível afirmar a dimensão do impacto gerado pela pandemia, para isso é necessário um acompanhamento a longo prazo para identificar se ocorre remodelação do ambiente alimentar.