A hipertensão arterial sistêmica (HAS) representa importante problema de saúde pública e quando não tratada adequadamente pode acarretar graves complicações. O descontrole da HAS decorre principalmente da não adesão ao tratamento. Este estudo teve como objetivo conhecer os aspectos que influenciaram na adesão à terapêutica anti-hipertensiva de pessoas acompanhadas em uma Unidade de Saúde Ambulatorial. Trata-se um estudo descritivo com abordagem qualitativa realizado com 15 adultos usuários de um ambulatório na cidade de Salvador-BA. A coleta de dados se deu por meio de uma entrevista semiestruturada e os dados foram analisados mediante análise temática. Da análise dos depoimentos emergiram duas categorias: Aspectos que dificultam a adesão; Aspectos que favorecem a adesão. Na primeira categoria foi o esquema terapêutico, quantidade de fármacos, efeitos colaterais, condições financeiras, dificuldade de acesso ao medicamento, desconhecimento da doença, da terapêutica bem como esquecimento. A segunda categoria inclui a predisposição para o autocuidado, conhecimento da doença e terapêutica, sentimentos de medo da morte e de complicações, participação dos profissionais, dos familiares e a facilidade de acesso aos medicamentos. Conclui-se que a adesão aos anti-hipertensivos é uma questão complexa, pois sofre influência de vários aspectos: alguns influenciando negativamente enquanto outros colaborando para uma melhor adesão. Compreender os fatores que interferem na adesão é útil para uma melhor assistência e controle mais efetivo da doença.