O grafeno vem ganhando notoriedade e sendo amplamente estudado e aplicado devido às suas excelentes propriedades físicas e químicas; com isso, à medida que se aumenta o interesse na sua utilização, cresce também a necessidade de compreender como este nanomaterial
relaciona-se com o meio ambiente, posto à importância do desenvolvimento sustentável. Para tal, este artigo apresenta uma revisão integrativa da literatura sobre o grafeno e seus derivados, objetivando abordar as seguintes frentes: (i) resíduos gerados na produção do grafeno e como estes rejeitos podem impactar o meio ambiente, bem como sugestões de gerenciamento destes visando à redução dos impactos, (ii) após sua produção, a forma como o grafeno pode ser aplicado, de modo a tornar os processos ambientalmente mais amigáveis, e, por fim, (iii) como o descarte irregular desse produto, após o seu uso, pode impactar o meio ambiente. A revisão foi realizada selecionando trabalhos que abordassem o grafeno e seus derivados nas instâncias supracitadas. Desses trabalhos, pôde-se observar que (i) a síntese do grafeno gera resíduos que podem ser devidamente tratados, com processos de purificação, extração, entre outros; (ii) há uma ampla aplicação do grafeno no setor energético, sobretudo, o solar, além do seu uso como adsorventes em tratamentos de efluentes; e, por fim (iii) notou-se que os resíduos de grafeno (e de outros nanomateriais de carbono) podem impactar negativamente o meio ambiente (seja aquático, no solo ou no ar), tornando necessárias políticas de controle.