Com o aumento exponencial da população mundial, aumentou-se também a geração de resíduos provenientes da alimentação humana. Estima-se que no Brasil são produzidos, por ano, cerca de 3 bilhões de litros de óleo vegetal destinados à alimentação, sendo que, apenas aproximadamente 1% desse valor é descartado corretamente após o uso, enquanto todo o resto é lançado sem um devido tratamento na natureza. O óleo residual proveniente do processo de fritura acarreta diversos problemas ao meio ambiente quando descartado incorretamente, causando a poluição dos corpos hídricos e prejudicando seus ecossistemas. Nessa perspectiva, o presente trabalho teve como objetivo apresentar rotas alternativas para a reutilização do óleo residual de fritura (ORF), bem como avaliar a aplicabilidade desse resíduo como insumo para geração de novos produtos, visando a contribuir para a mitigação dos impactos ambientais causados pelo descarte inadequado. Foi realizada uma revisão bibliográfica integrativa abrangendo trabalhos que abordavam a reutilização do óleo residual de fritura, totalizando 49 estudos elencados, entre os anos de 2006 a 2021, indexados nas bases de dados Google Scholar, Scielo e Science Direct. Dentre os quais, 26 foram selecionados para a apresentação dos resultados durante a discussão, destacando-se os estudos que apresentavam a aplicabilidade do óleo residual de fritura na produção de biodiesel, sabão, vela artesanal, ceras e graxas, biolubrificantes, massa de vidraceiro, resinas e na ração animal. Os resultados apresentados neste artigo evidenciaram que a reutilização do ORF como insumo para geração de novos produtos é um caminho viável para a diminuição dos impactos ambientais causados pelo seu descarte inadequado, além de ser uma alternativa para agregar valor a este resíduo, fazendo-se necessário uma maior atenção à logística da coleta, como também um maior estudo sobre sua aplicabilidade em algumas rotas, como na produção de ceras e graxas.
O grafeno vem ganhando notoriedade e sendo amplamente estudado e aplicado devido às suas excelentes propriedades físicas e químicas; com isso, à medida que se aumenta o interesse na sua utilização, cresce também a necessidade de compreender como este nanomaterial relaciona-se com o meio ambiente, posto à importância do desenvolvimento sustentável. Para tal, este artigo apresenta uma revisão integrativa da literatura sobre o grafeno e seus derivados, objetivando abordar as seguintes frentes: (i) resíduos gerados na produção do grafeno e como estes rejeitos podem impactar o meio ambiente, bem como sugestões de gerenciamento destes visando à redução dos impactos, (ii) após sua produção, a forma como o grafeno pode ser aplicado, de modo a tornar os processos ambientalmente mais amigáveis, e, por fim, (iii) como o descarte irregular desse produto, após o seu uso, pode impactar o meio ambiente. A revisão foi realizada selecionando trabalhos que abordassem o grafeno e seus derivados nas instâncias supracitadas. Desses trabalhos, pôde-se observar que (i) a síntese do grafeno gera resíduos que podem ser devidamente tratados, com processos de purificação, extração, entre outros; (ii) há uma ampla aplicação do grafeno no setor energético, sobretudo, o solar, além do seu uso como adsorventes em tratamentos de efluentes; e, por fim (iii) notou-se que os resíduos de grafeno (e de outros nanomateriais de carbono) podem impactar negativamente o meio ambiente (seja aquático, no solo ou no ar), tornando necessárias políticas de controle.
A corrosão é um problema de escala global e detectá-la de maneira eficiente representa um grande avanço para o setor industrial. Algumas técnicas não destrutivas (END’s) possibilitam a detecção de processos corrosivos. A termografia infravermelho, técnica que se baseia no registro térmico da superfície do objeto, é amplamente utilizada nesse setor, possuindo rapidez, reprodutibilidade e baixo custo, mas com limitação de detecção a temperatura superficial do material, interferências de condições ambientais, e falta de precisão no acúmulo de calor nas descontinuidades. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo avaliar a melhoria na detecção da corrosão por termografia ativa em corpos de prova de aço carbono SAE 1020, revestidos com pintura industrial aditivada com carga nanométrica de óxido de grafeno (OG). Foi sintetizado OG através do método de Hummers adaptado, sendo então designado para formulação da tinta de acabamento aditivada nas proporções de 0.1, 0.5, 1 e 2% (m/m). O corpo de provas foi pintado com duas demãos de tinta de base e uma de tinta de acabamento. Foram realizados ensaios de termografia ativa com intervalos de 3s, 6s e 9s, visando avaliar o período de tempo mais adequado para execução do ensaio. Como resultados, a utilização da tinta aditivada de OG auxiliou no sentido de maximizar a dispersão do calor pela superfície do corpo de prova, gerando imagens com menor interferências e possibilidade de dimensionamento mais preciso, os melhores resultados experimentais foram para o tempo de 6s e concentração de 0,5% de OG na tinta de acabamento.
No Brasil, cerca de 200 milhões de litros de óleo advindos do processo de fritura (ORF) são descartados incorretamente todos os anos na natureza, principalmente nos corpos hídricos próximos às cidades, ocasionando problemas de poluição nesses ecossistemas. Tal óleo pode ser aplicado na produção de biodiesel, atuando como matéria-prima, o que não só agrega valor a este resíduo, como também diminui o custo de produção do biocombustível. Todavia, o óleo quando passa pelo processo de fritura é submetido a diversos fatores que propiciam a formação de ácidos graxos livres (AGL), responsáveis por aumentar a acidez do óleo residual. Uma acidez elevada, por sua vez, prejudica a síntese de biodiesel, fazendo com que não seja possível produzir o biocombustível em apenas uma etapa reacional de transesterificação alcalina, o que encarece o processo. A realização de um pré-tratamento do óleo residual via adsorção se apresenta como uma alternativa economicamente viável para a resolução desse problema. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo apresentar diversos materiais que podem ser utilizados como material adsorvente na redução do índice de acidez do óleo residual de fritura, favorecendo a produção de biodiesel em apenas uma etapa reacional. Para tal, foi realizada uma revisão bibliográfica integrativa apresentando os principais resultados encontrados na literatura acerca da redução do índice de acidez dos ORF via adsorção. Foram utilizados, ao total, 27 trabalhos, publicados entre os anos de 2007 a 2021, indexados nas bases de dados Google Scholar, Scielo e Science Direct. Dos quais, 21 estudos foram selecionados para a apresentação dos resultados durante a discussão do artigo, destacando-se os trabalhos que apresentavam a utilização de materiais adsorventes economicamente viáveis na redução do índice de acidez de ORF, tais como a sílica, argila, bagaço de cana de açúcar, casca de banana verde, sabugo de milho e mesocarpo do coco. Como resultados, foi evidenciado que a redução da acidez do óleo residual através da adsorção foi eficiente em todos os processos utilizando os materiais supracitados, sendo que, para alguns materiais o índice de acidez não atingiu o mínimo exigido para que o óleo pudesse ser aplicado na produção de biodiesel, sendo necessário que o tratamento ocorresse em mais de uma etapa. E dentre os materiais mais acessíveis economicamente, destacaram–se os lignocelulósicos.
O biodiesel se destaca como uma fonte de energia renovável em substituição aos combustíveis fósseis, caracterizando-se como um combustível menos poluente e livre de compostos sulfurados, nocivos ao meio ambiente. O biocombustível pode ser produzido através da reação de transesterificação ou esterificação de óleos vegetais ou gordura animal. Nesse sentido, o óleo residual de fritura se apresenta como uma alternativa de baixo custo e ambientalmente viável para ser utilizado como matéria-prima na produção do biodiesel. Porém a acidez elevada, característica dos óleos residuais de fritura (ORF), prejudica a síntese de biodiesel em apenas uma etapa reacional, encarecendo o processo. Dessa forma, faz-se necessário um pré-tratamento do óleo residual para que o mesmo seja utilizado na produção de biodiesel. O presente trabalho teve como objetivo utilizar o sabugo de milho como material adsorvente no tratamento do ORF, visando a diminuição do índice de acidez (IA) e possibilitando o seu uso na produção de biodiesel em etapa reacional única. As amostras de óleo utilizadas foram adquiridas a partir de diferentes fontes e divididas em dois lotes, denominados Lote A e B. Para o Lote A, o teste de adsorção foi realizado em uma coluna de adsorção, preenchida com o sabugo in natura, e as amostras de óleo passaram pelo tratamento na coluna até que se alcançasse um IA menor ou igual a 0,5%. Posteriormente, o óleo tratado foi utilizado na síntese de biodiesel, que foi produzido através da reação de transesterificação alcalina, atingindo um rendimento de teor de éster de 96,8%. Já o teste de adsorção para o Lote B ocorreu em um béquer com leve agitação. Foram separadas 6 amostras, todas com 50 mL de óleo, e submetidas a agitação constante durante diferentes tempos e temperaturas. Foi utilizada uma quantidade de 5 g do material adsorvente in natura em cada amostra. Foram testados ao total 3 tempos (20, 40 e 80 min) e 2 temperaturas (25 e 60ºC). Os melhores resultados na redução do IA foram obtidos nas amostras submetidas ao tempo de 40 min a 60ºC e 80 min a 60ºC, com uma redução de 21,3% e 28,8%, respectivamente.
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