Em razão da escassez de informações quanto ao potencial de movimentação do sulfentrazone e imazapic em solos brasileiros, objetivou-se neste trabalho avaliar a lixiviação e a persistência desses herbicidas. A lixiviação de sulfentrazone (800 g ha-1) e imazapic (210 g ha-1) foi avaliada sob simulação de chuva de 40 e 80 mm, em diferentes profundidades (5, 10, 15, 20, 25, 30, 35 e 40 cm) e pHs de um Latossolo Vermelho Distroférrico e Latossolo Vermelho Distrófico. O ensaio de persistência consistiu da aplicação dos herbicidas sulfentrazone (600 e 800 g ha-1) e imazapic (190 e 210 g ha-1) em pré-emergência, além da testemunha sem herbicidas. Foram retiradas amostras de solo para determinação da persistência aos 0, 15, 30, 45, 60, 90, 120, 150 e 210 dias após a aplicação, sendo posteriormente levadas a um fitotron para crescimento do bioindicador Cucumis sativus. A lixiviação dos herbicidas foi mais pronunciada à medida que se aumentou a quantidade de chuva simulada. Para o sulfentrazone, na precipitação de 80 mm, foi constatada atividade residual até 40 cm de profundidade, sendo elevada no solo de textura média e menos pronunciada no de textura argilosa, independentemente do pH. Em relação ao imazapic na precipitação de 80 mm de chuva, houve atividade do herbicida até 40 cm de profundidade. No solo argiloso com pH 6,0 houve maior lixiviação em todas as profundidades, em relação ao mesmo solo com pH 4,7. Quanto à persistência, observou-se que o sulfentrazone e imazapic apresentaram atividade residual semelhante até 45 DAA, todavia, dos 60 aos 150 DAA, houve menor atividade do imazapic no solo; a partir deste período (150 aos 210 DAA), o sulfentrazone apresentou redução acentuada de sua atividade no solo.