Adubação Potássica E Seu Efeito Residual No Sistema Soja-Milho Safrinha Em Mato Grosso

Abstract

O Estado de Mato Grosso se destaca no cenário nacional no que diz respeito à produção agrícola, mesmo assim pesquisas sobre adubações específicas para a região ainda são incipientes. Assim, objetivou-se com esse trabalho avaliar o desempenho agronômico e os teores de nutrientes no solo e na planta, no sistema soja-milho safrinha, em função de doses de potássio aplicadas no milho safrinha. O estudo foi realizado na região Médio Norte do estado, com doses de potássio (0, 40, 80 e 120 kg ha-1 de K2O) na cultura do milho safrinha, sendo avaliado o efeito residual nas safras subsequentes (soja e milho safrinha). Foram avaliadas as alterações químicas no solo, as concentrações de nutrientes na folha, sua extração e exportação, bem como os parâmetros agronômicos nos três cultivos. A soja em solo com teor adequado de K foi pouca responsiva à adubação potássica, no sistema soja-milho safrinha, porque as reservas no solo e nos restos culturais do milho safrinha supriram suas necessidades. As doses de K afetaram a concentração de Mg nos tecidos foliares da soja e de N, K, Ca e Mg no milho, interferindo na taxa de extração e exportação de nutrientes no sistema soja-milho safrinha. O K apresenta movimentação no perfil, mesmo em solo argiloso sob baixa precipitação.

Adubação potássica em cobertura e a associação de nitrogênio com silicato de potássio na morfologia de plantas, incidência de carvão comum e produtividade de grãos de milho

“…O potássio (K) é requerido em grandes quantidades pelo milho devido à sua função no metabolismo vegetal, pois participa como ativador enzimático em processos bioquímicos como a fotossíntese, respiração e translocação (Taiz e Zeiger, 2016). Por outro lado, seu uso em excesso é motivo de controvérsias em segunda safra, pois nem sempre proporciona ganhos em produtividade (Qiu et al, 2014;Lange et al, 2019). Por outro lado, quando é dispensado no solo ou aplicado nas folhas pode fazer com que o milho suporte estresse hídrico, tenha uma maior produtividade e seja mais resistente às doenças (Amtmann et al, 2008;Ul-Allah et al, 2020;Wasaya et al, 2021).…”